Principal adversário de Dilma na eleição de 2014 será o cenário econômico que piora a cada dia

Problema à vista – Caso resista ao ruído das roucas vozes das ruas, a presidente Dilma Rousseff embarcará na campanha pela reeleição, em 2014, com um ingrediente a mais na bagagem eleitoral. A crise econômica, que tende a se agravar até lá, apesar do discurso otimista dos palacianos.

De acordo com o IBGE, o desemprego em junho ficou em 6%, contra 5,8% do mês anterior. Esse percentual representa 1,5 milhão de trabalhadores desempregados, sem contar os que estavam nas mesmas condições e partira para a informalidade e não fazem parte da estatística.

O índice de desemprego é considerado estável pelos especialistas, mas é preciso considerar que a remuneração da mão de obra no Brasil é baixa e que a inflação vem corroendo o salário dos trabalhadores. Para uma economia que tinha como principal estratégia o consumo interno, esse cenário é preocupante.

Com o desaquecimento do consumo, a tendência é que o comércio e a indústria demitam a partir de agora, pois não há como manter um efetivo de mão de obra sem a devida ocupação.

A situação deve piorar ainda no rastro das previsões que muitos analistas financeiros têm feito acerca dos rumos da economia. A perspectiva de crescimento do PIB para este ano é, por enquanto, de 2,5%. Para 2014 o problema se agrava, pois alguns economistas já reduziram para 2% o crescimento da economia no ano eleitoral.

Para turbinar o problema, a alta da inflação será combatida com a elevação da taxa de juro, enquanto a inadimplência cresce assustadoramente. A procura por crédito está em alta, mas boa parte dos novos empréstimos está sendo direcionada para o pagamento de dívidas.

Dilma Rousseff que se cuide, pois seu principal adversário na corrida presidencial do próximo ano não será um político, mas o legado trágico deixado por Lula e que a presidente soube manter até agora com competência, se é que assim pode se chamada a incapacidade de gestão da principal inquilina do Palácio do Planalto.