Papa Francisco: vice Michel Temer continua recebendo elogios por salvar uma nação envergonhada

(Foto: Tânia Rêgo - ABr)
Na prorrogação – A classe política brasileira passa por um momento de profundo descrédito junto à opinião pública, situação que há muito está em movimento ascendente, sem que seja possível separar o joio do trigo no meio da ventania. Fora isso, não se pode desconsiderar o fato de que o brasileiro, com a devida razão, exibe um pensamento pasteurizado quando o assunto é política. Ou seja, por maior que seja a quantidade de trigo, tudo será considerado joio.

Nesse inferno astral, cujo fim está longe, todos foram arremessados sem direito a explicações. Resultado da forma como os políticos têm tratado o eleitorado nas últimas décadas.

Para piorar o imbróglio que só cresce, alguns políticos têm abusado da paciência dos cidadãos. O mais recente fato tem o papa Francisco como vítima do destempero comportamental da presidente Dilma Rousseff, que dispensou ao líder religioso um tratamento inadequado e que mereceu críticas de todos os tipos, dentro e fora da internet.

Ausente da cerimônia de despedida do papa Francisco, Dilma foi representada pelo vice-presidente Michel Temer, que na opinião da maioria reparou parcialmente o fiasco cometido pelo governo brasileiro logo no primeiro dia da visita do pontífice.

Ao se despedir do papa, Michel Temer fez um discurso conciso e pertinente à ocasião, que agradou inclusive os que há anos vinham lhe dedicando críticas, como fazem com a maioria dos políticos brasileiros.

É arriscado prever se o discurso de Temer conseguiu dissociar, mesmo que minimamente, o PMDB do governo atrapalhado e paralisado do PT, mas uma coisa é possível afirmar. Fossem mais astutos, os nossos políticos poderiam começar a recuperar o terreno caso se preocupassem com discursos coerentes, comportamento adequado e promessas passíveis de serem cumpridas. No mundo globalizado e conectado, a política “pé de cabra” não tem mais espaço.