Perdido e meio – Pelo quinto pregão consecutivo, a moeda norte-americana encerrou esta quinta-feira (1) cotada a R$ 2,30, maior valor nos últimos quatro anos. A valorização do dólar refletiu o cenário econômico internacional.
Em relação à cotação de quarta-feira (31), a moeda ianque registrou alta de 0,85%. No ano, o dólar acumula alta de 12,58%. Esse quadro compromete sobremaneira a atuação do Banco Central no combate à inflação. Desde que o governo de Dilma Rousseff deixou de usar o dólar desvalorizado como antídoto contra o mais temido fantasma da economia, o BC passou a usar a alta da taxa básica de juro (Selic) como tábua de salvação.
O ainda ministro Guido Mantega, da Fazenda, explicou que a volatilidade do dólar é decorrente da possibilidade de o Federal Reserve (o BC norte-americano) começar a reduzir o seu programa de compra de ativos, o que provocaria maior liquidez nos mercados internacionais e interferindo no câmbio.
“O mercado deduz que o Fed vai acelerar a desativação dos estímulos e aí todo mundo vai para o treasury, no título americano de 10 anos, e o juro sobe. No dia seguinte, vem alguma notícia dizendo o contrário… Teremos essa volatilidade até que o Fed comece a fazer essa desativação e comece a ser mensurada pelo mercado”, disse Mantega.
O governo precisa urgentemente parar com essa conversa fiada sobre a economia, mostrando aos brasileiros uma realidade que não existe. Independentemente da instabilidade que marca o cenário internacional, o Brasil passa por uma séria crise de credibilidade. Paralisado por causa da conhecida incompetência de seus integrantes, o governo tem dificuldades para fazer os investimentos necessários, que saíram do papel com atraso e depois das ruidosas manifestações.
É importante destacar que entre o anúncio de investimento e o desembolso do dinheiro há uma enorme distância e uma avalanche de rapapés oficiais, o que faz com que a economia nacional continue à beira do despenhadeiro.
Ademais, a crise política que ronda o Palácio do Planalto, acrescida ao posicionamento cada vez mais à esquerda do PT, tem levado os investidores nacionais e internacionais à desconfiança. Como se fosse pouco, quando surge um investidor sem juízo disposto a investir no Brasil, o governo petista de Dilma Rousseff resolve determinar o limite de remuneração do capital alheio.
O Brasil caminha a passos largos para ser uma Venezuela na versão “extra large”, mas as manifestações perderem força e agora se limitam a açoitar Sérgio Cabral Filho no Rio de Janeiro. Se o povo não colocar a boca no trombone, em breve encontraremos outdoors – com Fidel, Chávez e Lula juntos – em toda as esquinas do País. Ainda é tempo de reagir!