Sujeito abusado – Quando um político deixa de honrar a palavra dada, o melhor que o povo pode fazer é exigir sua saída. Até esta segunda-feira (5), o ucho.info defendia a permanência de Sérgio Cabral Filho à frente do governo do Rio de Janeiro por respeito ao chamado estado democrático de direito. A partir de agora, este site defende abertamente a sua saída, pois a forma irresponsável e infantil como Cabral vem tratando a população do Rio é simplesmente absurda.
Depois de afirmar que sua família deixou de usar os helicópteros do governo fluminense para as farras em Mangaratiba, o decreto publicado no domingo (4) não mudou as regras para o uso das aeronaves. De acordo com o decreto, as autoridades poderão usar os helicópteros “por questões de segurança”, o que levou Cabral, ao longo dos últimos anos, a percorrer a distância de sete quilômetros entre o seu apartamento, no Leblon, e o Palácio Guanabara pelo ar.
As supostas novas regras foram criadas depois que o governador foi duramente criticado, nas manifestações e na imprensa, pelo uso irregular e excessivo das aeronaves. Sem o menor constrangimento por parte de Sérgio Cabral, os helicópteros oficiais eram utilizados também pelos filhos do governador, babás, manicures, cabeleireira e até o cachorro da família, em viagens a Mangaratiba, onde o clã possui uma luxuosa casa de veraneio, cuja aquisição continua rendendo polêmicas nos bastidores do poder.
De acordo com o decreto, os helicópteros podem ser usados pelo governador, vice, chefes de poderes, secretários e presidentes de autarquias ou empresas públicas. A nova regulamentação estabelece que o uso das aeronaves só é permitido em missões oficiais ou “por questões de segurança da autoridade, conforme recomendação da Subsecretaria Militar da Casa Civil”.
Resumindo, Sérgio Cabral enganou de forma escandalosa a população do Rio de Janeiro e garantiu, com o novo decreto, a continuidade da farra no ar, bastando para isso apenas uma orientação da Casa Civil. A continuar assim, em breve Cabral terá de trocar os helicópteros por um tanque de guerra, porque até circular pelos ares será perigoso.