Pela culatra – Como noticiado pelo ucho.info, a quantia de R$ 6 bilhões que a presidente Dilma Vana Rousseff determinou que fosse liberada para o pagamento de emendas parlamentares, em três parcelas, como forma de evitar a rebelião da base aliada no Congresso nacional parece que não funcionou.
Temendo pelo pior, a presidente reuniu-se, na segunda-feira (5), com líderes dos partidos da base para acertar a agenda de votações do segundo semestre, mas também foi em vão. Entre os pedidos de Dilma aos parlamentares estava o adiamento da matéria que trata do orçamento impositivo.
Sem se preocupar com Dilma, o presidente da câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), confirmou para quarta-feira (7) a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Orçamento impositivo. Para piorar, Alves disse que irá à comissão especial que trata da PEC para pedir a aprovação da matéria no colegiado. Entre as muitas regras, a PEC do Orçamento Impositivo impõe ao governo a destinação de R$ 15 milhões por ano para o pagamento das emendas a que cada parlamentar tem direito.
Como informamos, o apoio que Dilma tinha no Congresso desmoronou, o que ficou claro e evidente na votação da matéria que trata da aplicação dos royalties do petróleo no Fundo Social, que beneficiará os setores da saúde e da educação. A cada vez que a matéria volta à votação aumenta o valor a ser destinado a ambos os setores.
A grande questão a ser tratada pelo Palácio do Planalto até a eleição de 2014 é que deputados e senadores da base aliada (desse grupo não faz parte o PT) perderam o respeito pela presidente da República. Com isso, as derrotas do governo devem ser muitas de agora em diante. Esse desrespeito por Dilma Rousseff decorre da falta de habilidade do governo no trato com os parlamentares, inclusive com os da base.
Se por um lado a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, peca por sua conhecida incompetência, por outro o líder do governo na Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP) trata os líderes partidários com arrogância e prepotência. Na avaliação de um vice-líder do governo que conversou com o ucho.info, o Planalto errou ao indicar Chinaglia para a liderança.