Diante da crise persistente, economistas reduzem mais uma vez a projeção de crescimento do PIB

Ladeira abaixo – Consultados semanalmente pelo Banco Central, os economistas das cem maiores instituições financeiras em atividade no País reduziram mais uma vez a projeção de crescimento da economia para 2013. De acordo com o Boletim Focus, divulgado na manhã desta segunda-feira (12), os analistas reduziram de 2,24% para 2,21% a expectativa de avanço do Produto Interno Bruto, que no ano passado fechou abaixo de 1%. Para 2014, também houve redução na estimativa, pela terceira semana consecutiva, de 2,60% para 2,50%.

A projeção para o crescimento da produção industrial foi ajustada de 2% para 2,08%, em 2013, mas caiu de 3% para 2,90%, no próximo ano. Na opinião dos economistas das instituições financeiras, a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB permanece por enquanto em 35% para 2013, mas ajustada de 34,90% para 34,85%, no próximo ano.

Esse cenário de queda consecutiva da projeção de crescimento do PIB resulta da sequência de erros cometidos pela equipe econômica do governo da petista Dilma Rousseff, que continua circulando pelo País a bordo de um discurso ufanista de que o pior já passou. A situação da economia brasileira é preocupante, uma vez que as contas internacionais não apresentam o melhor quadro.

Em outro ponto da crise, os investidores internacionais estão cada vez mais temerosos em relação ao Brasil. Seja pela falta de competitividade da indústria nacional, que não decola nem mesmo com a alta do dólar, seja pelas incertezas em relação às medidas a serem tomadas pelo governo no setor de concessões.

O brasileiro deve se preparar para dias mais difíceis, sempre mantendo a atenção voltada para os anúncios pirotécnicos de um governo marcado pela incompetência de seus integrantes, que titubeiam no momento de investir em infraestrutura. O grande salvador da economia nacional, o agronegócio, bate novo recorde na safra, que acabará sendo sacrificada pela falta de investimentos oficiais no setor de logística.

Como se fosse pouco, o segundo semestre deste ano deve manter a tradição e registrar aumento de preços em vários segmentos, começando pela alimentação, mais precisamente nos derivados de farinha de trigo.