Para depois – Nos tempos em que gazeteava a partir do Palácio do Planalto, como se fosse o salvador da humanidade, Luiz Inácio da Silva, o lobista fugitivo Lula, anunciou com o costumeiro estardalhaço a construção do trem-bala. O ufanismo foi tamanho, que o então presidente prometeu que o trem de alta velocidade (TAV), que ligará as cidades de São Paulo, Campinas e Rio de Janeiro, estaria funcionando antes da Copa do Mundo de 2014.
Depois de muitas idas e vindas, promessas novas e licitações adiadas, o governo petista de Dilma Rousseff decidiu, nesta segunda-feira (12) adiar em um ano a primeira etapa do leilão do TAV. A entrega das propostas estava marcada para a próxima sexta-feira (12), enquanto o leilão deveria acontecer no dia 19 de setembro.
“Depois de muitas conversas com prováveis participantes, sentimos que o certame caminhava para apenas um participante e os outros prováveis concorrentes solicitavam o adiamento do processo para finalizar entendimentos entre todos que participariam desta fase inicial de elaboração do projeto”, disse o ministro dos Transportes, César Borges, que garantiu que a previsão para início da operação do trem em 2020 está mantida.
Desde 2010, quando foi lançado pela primeira vez, o leilão do trem-bala já foi adiado duas vezes a pedido das empresas interessadas em participar da disputa. A primeira data da licitação foi dia 16 de dezembro de 2010. Depois o leilão passou para 29 de abril de 2011 e foi remarcado novamente para o dia 29 de julho de 2011.
Nessa última data, o leilão chegou a ser aberto, mas não recebeu propostas. Depois disso, o governo decidiu dividir a licitação em duas etapas: a primeira vai definir o operador do trem-bala e a tecnologia a ser usada, e a segunda vai contratar a infraestrutura do projeto.
Essa gangorra de incertezas que cerca o leilão TAV resulta da desconfiança dos investidores estrangeiro em relação ao governo do PT, que insiste em ingerir nos negócios alheios. Os petistas palacianos são tão soberbos e obtusos, que chegam a estipular o limite de ganho das empresas que esboçam algum interesse em investir no Brasil.
Não causará surpresa se o leilão do TAV for novamente adiado em 2014. Para não admitir o vexame, o PT não hesitará antes de assumir o custo de uma obra que deve custar pelo menos R$ 30 bilhões, desconsiderando o sempre presente superfaturamento.