Em momento de falso moralismo, PT deveria criar coragem e abrir a contabilidade da usina de Itaipu

Barril de pólvora – Protagonista do período mais corrupto da história nacional, o PT tenta se salvar lançando acusações ainda sem provas contra adversários políticos. Isso se deve ao fato de que o partido, caso seja derrotado na eleição presidencial do próximo ano, terá suas badernas administrativas descobertas e reveladas ao público, o que levá-lo a migrar da cena política para o noticiário policial. Fora isso, a cornucópia dourada em que se transformou a presidência da República faz com que todas as legendas sonhem em subir a rampa do Palácio do Planalto.

A repentina lufada de moralismo que sopra sobre a Esplanada dos Ministérios deveria desvendar um sem fim de escândalos de corrupção que carregam a estrela vermelha do PT, alguns dos quais ressuscitados pelo ucho.info nos últimos dias. Sob o comando do alarife Lula, o Partido dos Trabalhadores resolveu embarcar na teoria que garante que a melhor defesa é o ataque.

Fosse a oposição ao governo minimamente competente, o PT já teria sido desmascarado no vácuo de algum dos muitos escândalos que contou com a anuência criminosa do ex-metalúrgico, que agora vive a cruzar os céus do planeta na condição de lobista de empreiteiras.

Os petistas têm falado tanto em corrupção, mesmo que de forma indireta, quando o assunto do cartel liderado pela Siemens vem à tona, que o partido deveria se imbuir de coragem e abrir a contabilidade do capítulo brasileiro da usina hidrelétrica de Itaipu. Uma devassa nas contas da binacional poderia provocar uma hecatombe no partido que continua acreditando ser a derradeira solução para os problemas do universo.

Isenta da fiscalização do Tribunal de Contas da União pelo fato de ser uma empresa binacional, Itaipu guarda em sua contabilidade uma verdadeira caixa de Pandora. Trazer a lume os números brasileiros da usina provocaria um efeito dominó em vários setores, inclusive no de comunicação. A hidrelétrica de Itaipu transformou-se ao longo dos anos na caixa preta de muitos governos, o que faz com que políticos de diversas legendas tremam diante da possibilidade de uma operação pente-fino.