Faca amolada – Considerada como um dos principais motivos da intifada que se instalou na numerosa base aliada, agora em fase de derretimento, no Congresso Nacional, a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann (PT-PR) sempre dispensou a deputados e senadores dois dos seus predicados: incompetência e prepotência.
Na esteira da complexa crise que abala as estruturas do Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff entendeu ser melhor antecipar a reforma política, começando pela dispensa de Gleisi. Para que o clima não fosse interpretado como degola pela imprensa e pela oposição, a presidente encontrou uma forma de justificar a saída de Gleisi Hoffmann, sem colocar sua auxiliar na frigideira política.
A saída honrosa, que na verdade está mais para caridosa, é anunciar que a ministra deixa o comando da Casa Civil para se dedicar à campanha ao governo do Paraná. Foi o que revelou o deputado federal André Vargas (PT-PR), 1º vice-presidente da câmara dos Deputados. De acordo com o petista, a “companheira” Gleisi deixará o governo em novembro próximo.
O simples anúncio da saída de Gleisi, considerada uma ministra arrogante e de nariz empinado, literalmente graças aos milagres da cirurgia plástica, pode produzir uma melhora nas relações do governo com o Congresso, avalia um deputado. Carente de estofo para um cargo de tamanha responsabilidade considerada uma neófita em termo de Brasília, Gleisi acabou tendo as funções usurpadas pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante, em um dos mais críticos momentos da crise política que se instalou na sede do Executivo federal. O pior nessa história é ter sido atropelada por alguém como Aloizio Mercadante, cuja incompetência também não deixa a desejar.
Na dança de cadeiras que terá Gleisi Hoffmann como mestre de cerimônia, alguns nomes já são analisados para assumir a chefia da Casa Civil. O primeiro deles é o de Aloizio Mercadante, o “irrevogável”. Caso confirme o nome do ex-senador paulista para o cargo, Dilma estará trocando seis por meia dúzia. Além de igualmente incompetente, Mercadante é tão arrogante quanto Gleisi. A única diferença é que o nariz não é literalmente empinado.
Outro nome cotado para assumir a Casa Civil é o do petista Paulo Bernardo da Silva, ministro das Comunicações e marido de Gleisi, com que recentemente protagonizou uma crise conjugal que chegou ao principal gabinete do Palácio do Planalto. Se confirmado o nome de Paulo Bernardo, a oposição paranaense terá munição de sobra para usar na campanha de Gleisi rumo ao Palácio Iguaçu, sede do Executivo do estado.