Sem limites – Diferentemente do que têm afirmado as autoridades econômicas do governo de Dilma Rousseff, em especial o ainda ministro Guido Mantega (Fazenda), o dólar continua em sua curva de alta e às 16h02 atingiu a cotação de R$ 2,4512. Trata-se da primeira vez em mais de quatro anos que a moeda norte-americana alcança a marca de R$ 2,45.
A disparada do dólar se deveu também à divulgação da ata do Federal Reserve (Fed), que no documento deu sinais de que enxugará o programa de estímulo monetário. Contribuiu para a elevação da moeda dos EUA a possibilidade de o Fed criar um novo mecanismo para reduzir a liquidez nos mercados financeiros do país.
No fechamento dos negócios desta quarta-feira (21), a moeda ianque era comercializada a R$ 2,4490, alta de 2,29% em relação à cotação do dia anterior (R$ 2,3941).
No caso de o dólar continuar sua trajetória em direção a R$ 2,50, o governo terá de adotar medidas urgentes para conter a disparada da inflação, pois muitos produtos essenciais aos cidadãos terão os preços reajustados mais uma vez, como é o caso do pão e outros derivados da farinha de trigo.
Além disso, o governo terá de se render ao pleito da Petrobras, que há muito precisa reajustar os preços dos combustíveis, sob pena de a incompetência dos petistas palacianos aumentar o rombo na contabilidade da estatal. Com o repentino crescimento da frota de automóveis, um dos legados macabros da era Lula, a Petrobras passou a importar gasolina, revendendo o produto no mercado interno a preços subsidiados para não interferir na inflação. Acontece que a empresa tem acionistas privados que não podem ser vítimas de um desgoverno.