Queda no emprego: nem a maquiagem do governo do PT esconde a má gestão na economia

Tiro no pé – A má gestão da economia pela equipe do governo petista de Dilma Vana Rousseff já dá claros sinais de que os brasileiros terão de se acostumar com péssimas notícias. Nesta quarta-feira (21), o Ministério do Trabalho divulgou o resultado decepcionante do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) referente a julho. O Brasil gerou apenas 41.463 vagas de trabalho formais no mês passado. Trata-se do pior resultado para o mês nos últimos dez anos.

O resultado do Caged coloca por terra qualquer tentativa da presidente Dilma Rousseff e de alguns dos seus ministros de continuar enganando a população acerca da economia, que cambaleia à beira do despenhadeiro, sem que nenhum palaciano admita a crise que só faz crescer.

Na oposição, os dados divulgados pelo Ministério do Trabalho serviram para reforçar as críticas na direção do Palácio do Planalto. Para o líder do PPS na Câmara dos Deputados, Rubens Bueno (PR), o governo não está conseguindo esconder o descompasso da economia.

“A maquiagem do governo em suas contas e nas das estatais não consegue esconder o desarranjo da economia. Estamos assistindo a frequente perda de credibilidade do Brasil no exterior. Cada vez que o ministro Guido Mantega (da Fazenda) resolve falar, começa uma crise”, alertou Bueno.

Além da queda no emprego, o País está convivendo com a alta da inflação e a disparada do dólar, o que complica cada vez mais o cenário econômico. “O Brasil pode começar a se acostumar. É tanto amadorismo na condução da política econômica que o resultado não poderia ser outro. Tudo o que tinha de bom nos fundamentos da economia o PT destruiu e desorganizou ao implantar um populismo sem medidas. Até a Petrobras e o BNDES estão em risco com as gestões temerárias patrocinadas pelo PT”, criticou o líder do PPS.

Os dados sobre emprego frustraram sobremaneira as expectativas do mercado. A consultoria LCA, por exemplo, previa geração de 136,2 mil novas posições de trabalho com carteira assinada. O Itaú-Unibanco, por sua vez, projetava a criação de 80 mil novos postos de trabalho.

O líder do PPS chamou atenção ainda para uma frase do ministro Manoel Dias ao justificar a queda na geração de emprego. “Eu não fiquei desapontado, porque nossa realidade é de um PIB de 1% ou 2%. Não é um número que eu gostaria de divulgar, mas é o que temos com um PIB de 1% ou 2%”, afirmou o ministro.

Rubens Bueno achou curiosa a menção ao PIB. “Mas o ministro Mantega não está prevendo 3%?”, indagou.