Dólar sobe na esteira de possível ataque à Síria e mostra que a “bala na agulha” de Dilma é espoleta

Na contramão – “Bala na agulha”. Assim a presidente Dilma Vana Rousseff se referiu ao poder de fogo do governo brasileiro para conter a valorização da moeda norte-americana. Para quem foi terrorista e “companheira de armas”, essa “bala na agulha” citada por Dilma deve ser de festim, pois nesta sexta-feira o dólar voltou a subir.

Depois de abrir os negócios do dia em que queda, a moeda ianque inverteu a curva e passou a subir, principalmente por causa da eventual intervenção militar na Síria, como já noticiamos. Ou seja, se antes a culpa pela valorização do dólar era da economia dos Estados Unidos, agora a Casa Branca deve pagar a conta porque decidiu interromper a brincadeira homicida de Bashar al-Assad. E não causará surpresa se Dilma defender o ditador sírio.

Ao final dos negócios desta sexta-feira, o dólar estava valendo R$ 2,385, valorização de 0,63% em relação à cotação do dia anterior. A alta só não foi maior porque o Banco Central, que realizou leilões extras de swap cambial, torrou a bagatela de US$ 1,5 bilhão. E a autoridade monetária já anunciou que fará novos leilões extras na próxima segunda-feira (2), na retomada do mercado financeiro.

O dólar, que iniciou agosto cotado a R$ 2,28, encerra o mês na casa de R$ 2,385, cm valorização de 4,51% no período. Isso mostra que o ainda ministro Guido Mantega, da Fazenda, foi precipitado ao comemorar o crescimento de 1,5% do PIB no segundo trimestre deste ano. Como noticiamos na edição desta sexta-feira, a moeda norte-americana deve atrapalhar por bom tempo a economia brasileira.