Valendo US$ 1 trilhão ou mais, o Campo de Libra jorrou uma denúncia de espionagem antes do petróleo

Tudo combinado – A CPI da Espionagem em breve será transformada em um trem da alegria, com direito a viagens internacionais à Rússia e à Europa. Presidente da Comissão, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) disse que não está descartada uma viagem a Moscou para ouvir de Edward Snowden, técnico em computação e ex-prestador de serviço da National Security Agency (NSA), responsável por divulgar documentos que supostamente comprovam as denúncias de espionagem por parte do governo dos Estados Unidos.

Tão logo a CPI foi criada, ficou patente que desvendar um caso que a própria Agência Brasileira de Inteligência não conseguiu detectar e evitar seria missão mais do que impossível. Mesmo assim, a senadora amazonense deve viajar à capital russa, até porque com o presidente Vladimir Putin, ex-espião da KGB, dando guarida a Snowden a farsa palaciana avança com mais facilidade.

A presidente da CPI da Espionagem também não descartou a possibilidade de viajar a alguns países da Europa para tentar obter junto a outras Casas legislativas informações sobre a ação do governo norte-americano.

É importante destacar que as denúncias de espionagem, que têm por base documentos vazados por Edward Snowden e sem autenticidade comprovada, ganharam reforço depois que o Palácio do Planalto resolveu incensar uma possível invasão dos computadores da Petrobras.

Nesse circo que se montou a partir das denúncias de que a petroleira brasileira teria sido espionada a mando da Casa Branca, o PT palaciano enxergou a possibilidade de capitalizar com o leilão do Campo de Libra, marcado para o próximo dia 21 de outubro. A razão para essa encenação é muito simples: considerando os informes geológicos, que aponta uma reserva entre 8 bilhões e 12 bilhões barris de petróleo, o Campo de Libra vale US$ 1 trilhão ou mais.

Como a Petrobras não tem dinheiro para investir na operação, o que seria mais vantajoso ao Brasil e aos brasileiros, a saída é fazer parceria com empresas dispostas a abrir o cofre. Com a proximidade das eleições de 2014, adiar esse leilão é mais prudente, até porque campanhas são movidas a dinheiro. Que ninguém duvide sobre uma eventual armação nesse enredo mambembe de espionagem da Petrobras, até porque na política e nos negócios inexistem inocentes e bem intencionados.