Boca fechada – Ex-assessor especial da Casa Civil, Eduardo Gaievski, preso em Curitiba sob suspeita de ter cometido múltiplos estupros contra vulneráveis (menores de 14 anos), está novamente mandando recados ameaçadores para o PT e sua ex-chefe, a ainda ministra Gleisi Hoffmann. Ele cobra blindagem jurídica e manifestações públicas de apoio do PT, pois do contrário promete contar o que sabe.
A possibilidade de Gaievski se transformar em um homem-bomba, revelando os bastidores sombrios do PT, é avaliada como cautela e preocupação no Partido dos Trabalhadores. O pedófilo foi prefeito duas vezes de Realeza, cidade no Sudoeste do Paraná, e tem informações precisas sobre como o PT opera o financiamento de campanhas e quais são as contribuições das prefeituras petistas ao partido.
O ex-assessor também tem muito a revelar sobre a Casa Civil, pois afinal tinha sob sua incumbência programas para atendimento de menores, entre eles convênios com ONGs para combate ao crack e a construção de creches. Eduardo Gaievski também coordenava a campanha de Gleisi Hoffmann ao governo do Paraná, cuja disputa acontecerá em 2014. Entre suas funções estava a cooptação de prefeitos do interior do estado para apoiar a candidatura da ministra.
Para manter o sigilo, Gaievski quer tratamento melhor por parte dos “companheiros”. Ele não mais aceita que o PT e Gleisi continuem fingindo que mal o conheciam. Entre as exigências que faz está uma visita da ministra, que pode acontecer nos próximos dias. Além disso, exige garantias, da própria ministra, de que terá os mesmos privilégios, assistência jurídica e favorecimentos que beneficiaram os mensaleiros e Rosemary Noronha, a namorada de Lula que flagrada em milionário escândalo de tráfico de influência.