Camisa de força – Não contente em destilar um cipoal de mentiras durante o discurso de abertura da 68ª Assembleia-Geral da ONU, na terça-feira (24), Dilma Rousseff, a gerentona inoperante, protagoniza novo espetáculo de mitomania em Nova York. Nesta quarta-feira (25), falando para uma plateia de empresários, mas que em termos percentuais é composta em maior quantidade por integrante do desgoverno do PT, Dilma dá mostras inequívocas de ser fiel à teoria do nazista Joseph Goebbels, que certa feita disse: “De tanto se repetir uma mentira, ela acaba se transformando em verdade”.
Nazismo à parte, a presidente está cometendo um desvario na mais importante cidade do planeta ao tentar convencer empresários e investidores de que o Brasil é o país de Alice, aquele das fabulosas maravilhas. Como sempre acontece, Dilma aproveitou a oportunidade para incensar o PT e afirmou que “o País começou o ciclo de aceleração na década passada”. Ou seja, além de Messias de camelô, Lula, o lobista-fugitivo, é a versão moderna e tropical do português Pedro Álvares Cabral, pois coube ao petista descobrir o Brasil. Para justificar tamanha sandice, Dilma abordou as questões de infraestrutura, setor cuja excelência pode ser facilmente conferido nas estradas, portos e aeroportos brasileiros.
Messiânica e mentirosa tal o antecessor, Dilma falou que o governo do PT, a derradeira solução do universo, “reduziu sistematicamente a desigualdade social”. Como boa comunista que é, a presidente conseguiu o que muitos já sabem, que é a socialização da miséria. Como a “bem sucedida política de inclusão social” – as palavras são de Dilma – foi um fracasso, restou aos petistas palacianos reinventarem a classe média. De tal modo, quem mora na favela e recebe R$ 1 mil por mês é integrante dessa utopia social petista chamada classe média.
A proeza do PT foi conseguir arremessar 40 milhões de novos consumidores na classe média, o que foi possível apenas porque essa legião de incautos acreditou nas palavras embusteiras de Lula. Essa massa de obtusos permitiu que o endividamento familiar atingisse níveis inusitados, assim como a inadimplência alcançasse índices preocupantes. Não importa o que as pessoas pensam ou enfrentam, desde que cada uma consiga esconder o carnê vencido atrás da televisão nova que está exposta na sala. Essa é a política burra de inclusão social dos messiânicos petistas, verdadeiros prepostos do Criador no planeta.
Dilma fez questão de exaltar, diante de empresários escaldados com os comunistas, que a classe média brasileira tem 100 milhões de consumidores prontos para comprar. Todas as pesquisas e estudos sobre a economia nacional mostram exatamente o contrário, mas a presidente insiste em mentir de forma acintosa, como se as pessoas não se informassem sobre a realidade do País.
Sobre as recentes e ruidosas manifestações de junho passado, que no cardápio de críticas a paralisia do governo federal mereceu lugar de destaque, Dilma disse que ouviu a voz rouca das ruas e que está respondendo aos manifestantes com ações concretas. Na verdade, até agora só se viu uma promessa atrás da outras, exceto o golpista programa “Mais Médicos”, que estava em gestação desde março passado e que servirá para o Palácio do Planalto mandar um dinheiro extra para o sanguinário ditador Fidel Castro, e seu estafeta de plantão e não menos covarde Raúl Castro, que por fraternidade comunga na gênese da tirania.
Dilma é tão irresponsável, que disse aos espectadores do seu mitômano espetáculo que os manifestantes que foram às ruas de diversas cidades brasileiras “não pediram a volta ao passado, mas pediram mais avanço”. Primeiro é preciso lembrar que na última década o Brasil retrocedeu de maneira assustadora, situação que exigirá dos cidadãos de bem pelo menos cinco décadas de esforço contínuo para ser consertada.
Em segundo lugar não se deve desconsiderar a possibilidade de Dilma Rousseff estar sendo diuturnamente enganada por sua assessoria, ou, então, ela finge que não enxerga o óbvio, que não deixa de ser preocupante. Nas redes sociais é cada vez maior o número de pessoas que pedem o retorno dos militares. De igual modo cresce o contingente de brasileiros que não apenas aprovam a suposta espionagem norte-americana, como sonham com algum tipo de incursão da Casa Branca para livrá-los do caos.
Como sabem os leitores, o ucho.info e seus jornalistas defendem a democracia em todas as instâncias, apesar das mazelas inerentes, mas não se pode ignorar a realidade. O Brasil vive uma crise econômica grave, que Dilma e seus assessores insistem em creditar ao cenário internacional, além de uma crescente lufada de credibilidade, o que tem espantado eventuais investidores. Diante de um amontoado de inseguranças jurídicas e do intervencionismo cada vez maior de um governo populista e dado às tiranias, nem mesmo um descompensado do raciocínio é capaz de tirar um vintém do bolso.
O ápice do espetáculo circense ancorado por Dilma ficou por conta do momento em que o ministro da Educação, o irrevogável Aloizio Mercadante, foi incensado pela chefe do governo brasileiro. Disse Dilma, ao falar sobre mão de obra, que o País agora forma mais engenheiros do que advogados. E a presidente lembrou uma declaração de Mercadante, que certa vez disse que “advogado é custo e engenheiro é produtividade”.
Acreditar em um governo que tem à frente da pasta da Educação alguém que inaugurou o “autoplágio” é sinal de irresponsabilidade desmedida. Ademais, se a fala de Aloizio Mercadante, um político conhecidamente arrogante e incompetente, tem suas nesgas de profecia, a realidade brasileira mostra o contrário, pois os tribunais estão com processo saindo pela janela, enquanto as obras estão cada vez mais atrasadas.
Com Dilma Rousseff na presidência, disparando sandices nos quatro cantos do mundo, a única coisa a se lamentar é que ser brasileiro é um vexame descomunal. Pena que apátridas são obras de ficção.