Descompasso da economia: materiais e mão de obra puxam para cima o custo da construção civil

Porteira aberta – O Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M) registrou alta em setembro, saltando de 0,31%, registrado em agosto, para 0,43%. Em julho, o índice ficou em 0,73%. No acumulado do ano, o INCC-M está em 7,18% e, nos últimos doze meses, 7,99%. Enquanto o custo da mão de obra do setor permaneceu estável, contra elevação de 0,03%, o segmento de materiais, equipamentos e serviços registrou aumento médio de 0,91%, ante 0,63%.

O INCC-M é um dos três componentes do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), medido pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e que serve de base de cálculo para renovações de contratos de aluguel.

De acordo com a pesquisa, a mão de obra ainda é o item de maior impacto no custo da construção. Entre janeiro a setembro deste ano, contratar os serviços de um pedreiro e de demais profissionais do setor ficou 9,2% mais caro. Nos últimos doze meses, a mão de obra já registrou alta 9,8%. As despesas com materiais, equipamentos e serviços tiveram aumento de 5,06% no acumulado do ano e, em doze meses, elevação de 6,08%.

Porto Alegre foi a única entre as sete capitais pesquisadas a registrar decréscimo, com variação do INCC-M em 0,48%, ante 0,68%. Em Salvador, o índice atingiu 0,35% ante 0,30%; em Belo Horizonte, aumentou de 0,27% para 0,28%; no Rio Janeiro, subiu de 0,34% para 0,52%; em São Paulo, avançou de 0,27%% para 0,44%; em Brasília, de 0,14% para 0,53% e, no Recife, de 0,27% para 0,46%.

Esse cenário de alto custo na construção civil vem obrigando os brasileiros a algumas manobras para reduzir gastos, apesar do pacote de bondades tributárias que o PT criou para o setor.

A situação é tão preocupante no setor da construção, que há gente importando contêineres de material de construção como forma de reduzir o custo da obra. Isso é reflexo da voraz carga tributária brasileira, que penaliza o cidadão sem que o governo dê a devida contrapartida. No momento em que a importação de material de construção começa a ganhar força, o País entrou na rota de exportação de consumo.

Apesar de toda essa conjuntura assustadora, a presidente Dilma Rousseff disse, durante discurso na ONU, que o pior da crise já passou. Mesmo assim, há no Brasil quem ria dos venezuelanos que dependem de papel higiênico importado.

Como disse certa feita um conhecido comunista de botequim, “nunca antes na história deste país”. (Do ucho.info com informações da ABr)