Envolvida com assessor pedófilo e na operação “Aloprados 2.0”, Gleisi vira alvo da chacota de Serra

Alça de mira – Amigos íntimos de Gleisi Hoffmann, ainda ministra-chefe da Casa Civil, têm recomendado à petista um urgente “descarrego espiritual”. Avaliam que os acontecimentos negativos que a atingem são tantos e tão graves que somente o sobrenatural é capaz de explicar fase tão difícil.

Em julho, Gleisi teve o seu braço direito e principal assessor político e administrativo, Eduardo Gaievski, preso pela prática de múltiplos estupros de vulneráveis (menores de 14 anos). Depois descobriu-se que outros assessores da ministra estão envolvidos em delitos que vão de crimes de trânsito a tráfico de influência, passando por advocacia administrativa.

Na quarta-feira (25), o jornal “O Estado de S. Paulo” revelou que a própria Gleisi tem envolvimento direto no acobertamento das ligações do presidente do CADE – Conselho Administrativo de Defesa Econômica – Vinícius Marques de Carvalho com o PT. Carvalho é petista desde criancinha e foi chefe de gabinete do deputado Simão Pedro, autor de denúncias antigas de suposta formação de cartel em São Paulo. Em 2012, Gleisi Hoffmann enviou um currículo de Vinícius Carvalho – ele é sobrinho de Gilberto Carvalho – para o Senado e omitiu a condição de militante petista e ex-assessor de deputado patrocinador da denúncia que o CADE assumiria em 2013.

Se a atuação de Gleisi na gestão interna da Casa Civil transformou a pasta em sucursal da “casa da mãe Joana’”, suas incursões públicas já são alvo de piadas. Encarregada pela presidente Dilma Rousseff de conduzir o programa de privatizações, que os petistas por questões ideológicas chamam de “concessões”, Gleisi tem tropeçado na trilha do fracasso. Em artigo publicado nesta quinta-feira, 26, o tucano José Serra ironiza os malogros de Gleisi e sugere que é um caso para psicanálise:

“O ceticismo dos críticos é confirmado pelas declarações da zelosa ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, esta semana no jornal Valor. Suas justificativas e sua franqueza evidenciam que, no 11º ano de governo, o PT não sabe o que fazer com as concessões. Ela chega a dizer que a da BR-101 na Bahia vai ficar por último “a fim de termos uma avaliação melhor”. E emendou: “Se chegarmos à conclusão de que é impossível fazer concessão, vamos migrar para obra pública”. Quantos anos já transcorreram e quantos ainda teremos pela frente até essa terapia infraestrutural de grupo chegar ao fim?”