CVM investiga participação do BNDES e fundos de pensão em eleição de conselheiros da Petrobras

Virou bagunça – Quando partidos de oposição tentaram, em diversas ocasiões, criar a CPI da Petrobras, o Partido dos Trabalhadores entrou em cena para interromper o processo, pois é sabido que a estatal petrolífera foi transformada em reduto de escândalos da legenda.

Como se nada representasse a sequência de casos inexplicáveis, como a compra bilionário de uma refinaria obsoleta na cidade texana de Pasadena, a Petrobras agora é alvo de investigação que apura a participação do BNDES e de fundos de pensão na eleição de conselheiros fiscais e administradores da empresa, nas assembleias ordinárias realizadas em 2011 e 2012.

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que investiga o caso e já teria colhido provas, tem na lista de acusados o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o BNDES Participações (BNDESPAR), e os fundos de pensão estatais Funcef, (Caixa Econômica Federal) Petros (Petrobras) e Previ (Banco do Brasil), além do diretor financeiro e de Relações com Investidores da petroleira, Almir Guilherme Barbassa. O processo corre sob sigilo e por isso a CVM, a Petrobras e os fundos Petros e Previ informaram que não comentarão o caso.

Desde a chegada de Lula ao poder central, a Petrobras foi sendo transformada em uma usina de prospecção de escândalos, tamanho é o número de ilegalidades cometidas na maior empresa brasileira. Quando a CVM entra no circuito é porque algo errado existe. A grande questão é que a CVM consta do organograma do Ministério da Fazenda, comandado pelo ainda ministro Guido Mantega, que faz parte do conselho da Petrobras.