Planalto determina que PF coloque um “exército” de agentes federais para fazer a segurança de Lobão

Blindagem total – O aparato disponibilizado pelo governo federal para garantir a segurança na região onde ocorrerá nesta segunda-feira (21), na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, o leilão do Campo de Libra é típico de um país que enfrenta guerra civil ou é alvo constante de ataques terroristas.

Para garantir a segurança do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB), que está no Rio para participar do leilão, o Palácio do Planalto ordenou que a Polícia Federal destacasse agentes experientes para a operação. Apenas para atender ao ministro, a PF mobilizou perto de trinta agentes federais, todos muito experientes e que foram enviados ao Rio por diversas unidades da corporação.

A ordem para esses agentes da PF especializados em questões de segurança é colocar-se à frente de qualquer tentativa de ataque a Edison Lobão. Um absurdo descomunal no momento em que o País passa por uma onda de protestos, que recrudesceram nas últimas horas por conta da decisão da presidente Dilma Rousseff de manter o leilão. Vale lembrar que a PF, que sofre com a contínua ingerência do governo, não tem por atribuição enfrentar manifestações populares, mesmo quando a serviço de alguma autoridade.

Tropa de choque

Além do reforçado esquema de segurança montado no entorno do hotel em que se dará o evento, o Palácio do Planalto montou uma verdadeira tropa de choque jurídica com advogados e servidores da Advocacia-Geral da União para impedir que decisões judiciais suspendam o leilão.

Até o momento, pelo menos dezoito ações requerendo a suspensão do leilão foram rejeitadas pela Justiça. Outras seis ações ainda estão em julgamento, sendo que as respectivas decisões podem ser anunciadas a qualquer momento.

Para um partido que durante décadas questionou o processo de privatização iniciado por Fernando Henrique Cardoso, que foi acusado por petistas de ter vendido o Brasil ao capital estrangeiro, a postura do PT nesse processo do Campo de Libra é no mínimo revelador. Como disse certa feita um conhecido comunista de botequim, “nunca antes na história deste país”.