Dilma sanciona lei do “Mais Médicos” após notícia sobre armação em planos de saúde do funcionalismo

Virou baderna – O povo brasileiro adora ser enganado pela classe política. Essa subserviência tola e burra fica evidente a cada novo fato que surge no cenário nacional. Na manhã desta terça-feira (22), a presidente Dilma Vana Rousseff sancionou, durante cerimônia no Palácio do Planalto, a lei aprovada no Congresso Nacional que institui o programa “Mais Médicos”. Populista e eleitoreiro, o programa já serve como base da campanha do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, candidato do PT ao governo do mais rico e importante estado brasileiro, São Paulo.

Sob a ótica da estatística, o programa proporcionará 0,8 médico a cada uma das 5.570 cidades brasileiras. É fato que em alguns casos o “Mais Médicos” atenderá cidades que não têm ao menos um médico, mas isso não resolve o grave e crescente problema da saúde pública, que Lula disse, em 2006, estar a um passo da perfeição.

A cerimônia palaciana que recepcionou a sanção da lei do “Mais Médicos” foi antecedida por notícia que vai na contramão da lógica e da legalidade. Em 7 de outubro passado, a pDilma assinou Decreto que beneficia a Geap Autogestão em Saúde, fundação de direito privado que está sob intervenção da Agência Nacional de Saúde mas que gravita na órbita do Partido dos Trabalhadores.

A decisão presidencial – que ignora de forma escandalosa o Supremo Tribunal Federal (STF), a Procuradoria-Geral da República (PGR) e o Tribunal de Contas da União (TCU) – permite que a Geap participe de licitação para vender planos de saúde aos servidores da União. Essa medida abre caminho para que a Geap inclua em sua carteira os planos de saúde do funcionalismo federal, atualmente distribuído entre 34 operadoras do setor.

A operação, que tem no alvo pelo menos 3 milhões de usuários, movimenta anualmente cerca de R$ 10 bilhões. Basta que o órgão público federal interessado em contratar a Geap firme convênio por meio do Ministério do Planejamento, com base no decreto publicado no Diário Oficial da União. E não é preciso nenhum esforço do raciocínio para descobrir que boa parte da máquina federal deve migrar os planos de saúde do funcionalismo para a Geap.

Imagine, caro leitor, o volume da gritaria petista se essa jogada tivesse ocorrido no governo de algum oposicionista, no de Fernando Henrique Cardoso, por exemplo. O pior é que o Brasil assiste calado à sequência de desmandos que levam o estelar carimbo do PT. Enfim…