Moreira Franco e a ainda ministra Gleisi não se entendem sobre os aeroportos privatizados

Socorro – O grande problema do governo petista de Dilma Rousseff continua sendo a não disposição de seus integrantes para combinar com antecedência os discursos que serão despejados sobre a opinião a pública. O tema dos mais novos desencontros discursivos é o setor aeroportuário, que continua capengando a poucos meses da Copa do Mundo, apesar das recentes privatizações, mas que a presidente prefere chamar de concessões por mera questão ideológica.

Na manhã desta quarta-feira (23), ao chegar à Comissão de Infraestrutura do Senado Federal, a ainda ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, desmentiu o colega da Secretaria de Aviação Civil, Wellington Moreira Franco, ao falar sobre a participação da Infraero nos aeroportos privatizados.

Na quarta-feira (23), Franco disse que o modelo atual de participação precisa ser revisto, porque representa um enorme sacrifício ao País e principalmente ao Tesouro Nacional o desencaixe de dinheiro para que a Infraero acompanhe cronograma de investimentos dos operadores dos aeroportos privatizados, como forme de manter intacta a participação de 49% da estatal nos negócios.

“Eu não ouvi a declaração do ministro Moreira, não sei em que contexto falou, mas a opção por esse modelo é uma opção de sustentabilidade da Infraero e não pretendemos rever, até porque temos aeroportos que precisam ser administrados, ter boa gestão e não podem ser concedidos”, afirmou Gleisi.

É preciso lembrar que nesse desgoverno não um integrante sequer que conheça o mais raso conhecimento da palavra planejamento. O Brasil é um país com dimensões continentais – e com problemas na mesma proporção – mas o governo não consegue enxergar o futuro e muito menos agir com um mínimo de antecipação.

Não faz muito tempo, Dilma Rousseff, em um dos seus conhecidos devaneios de oratória, disse na Europa que até o final do seu mandato construiria 800 aeroportos regionais. Nenhum saco de cimento foi comprado para essa avalanche de aeroportos, até porque não há como isso acontecer, mas Gleisi Hoffmann prefere falar sobre o que desconhece.

Aliás, causa espécie o fato de decisões tão importantes para o futuro brasileiro serem tomadas por alguém que escolheu um pedófilo serial como assessor, no melhor estilo braço direito. Como disse um conhecido comunista e botequim, “nunca antes na história deste país”.