Após defender a Abin, ministro da Justiça deveria explicar a nomeação do ex-assessor pedófilo de Gleisi

É bom falar – Bastou o jornal “Folha de S. Paulo” noticiar que o governo federal espionou, entre 2003 e 2004, diplomatas russos, iraquianos e iranianos para que palacianos surgissem em cena para derramar desculpas estapafúrdias. A primeira delas coube ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência (GSI), que em nota distribuída nas primeiras da última segunda-feira (4) classificou a “arapongagem” como um serviço de contrainteligência.

Como afirmou o ucho.info em matéria publicada na edição de terça-feira (5), espionagem e contraespiogaem não diferem, assim como informação e contrainformação, inteligência e contrainteligência. Em qualquer das situações é espionagem e ponto final.

A mesma cantilena foi repetida pelo ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, que cometeu o desvario de afirmar que a espionagem brasileira, realizada pela Abin, difere da norte-americana, a cargo da Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês).

Com tantos integrantes do governo petista de Dilma Vana Rousseff prontos para defender a “arapongaem” da Agência Brasileira de Inteligência, que pelo menos alguém se digne a explicar como a Abin e o GSI não conseguiram detectar que Eduardo Gaievski, o pedófilo que foi assessor especial da ainda ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil), responde a dezenas de processos por estupro, muitos deles cometidos contra vulneráveis, ou seja, meninas menores de 12 anos. A Abin e o GSI têm a incumbência de checar os antecedentes dos indicados para cargos de confiança na estrutura do governo federal.

Escolhido a dedo dentro das hostes do PT paranaense para coordenar a campanha de Gleisi ao Palácio Iguaçu, em 2014, Gaievski trabalhou a poucos metros da presidente Dilma. Na Casa Civil, onde transitava com muita desenvoltura, o predador sexual foi incumbido pela ministra de cuidar de programas destinados a jovens e também do “Mais Médicos”.

No rastro da nomeação do monstro da Casa Civil é possível concluir que alguém deu ordens para que o GSI e a Abin fechassem os olhos para os crimes hediondos cometidos pelo companheiro de legenda da ainda ministra Gleisi Hoffmann.