Tropeço novo – Três mães, que tiveram as filhas estupradas por Eduardo Gaievski, ex-assessor especial de Gleisi Hoffmann (PT) na Casa Civil, estão indignadas com a possibilidade de o pedófilo ser libertado para passar o Natal com a família em Realeza. “Esse monstro quer passar o Natal com a família. Perguntem à minha filha, como ele estragou o Natal dela depois dos abusos que sofreu. E família? Perguntem as famílias das vítimas desse monstro, o que é viver depois de terem sido violentadas”.
“As violências física e moral acabaram com a vida de pelo menos 50 famílias de Realeza”, reagiu uma das mães. Gaievski é acusado de 26 estupros (17 de vulneráveis). Desde que foi preso, novas vítimas se apresentaram. Criminalistas que analisam o caso acreditam que ele pode ter mantido relações com 200 menores no período em que foi prefeito da cidade (2005-2012).
Em rodas de amigos o pedófilo exibia fotos de pelo menos 50 adolescentes nuas. Algumas estavam em dupla, outras apareciam junto com ele. Em áudio postado no Youtube, um homem identificado como Gaievski relata, entre risos, como “tirou a virgindade” de uma menina de 14 anos. O áudio está sendo periciado pelo Ministério Público do Paraná.
As mães das vítimas afirmaram que procurarão o Ministério Público para levar seu inconformismo com as movimentações de Gaievski. “Se esse monstro sair da cadeia, a vida de 50 famílias correm risco. Isso já foi provado quando seu filho e seus irmãos começaram a ameaçar as testemunhas para mudar os depoimentos. A maioria dessas famílias são pobres e sujeitas a qualquer pressão”, disse um das mães.
Gaievski contratou a banca de advogados Elias Mattar Assad, um profissional midiático que mantém em seu escritório, em Curitiba, um estúdio de gravação completo para atender jornalistas. Mattar Assad disse na terça-feira (12) que auxiliará um sobrinho, também advogado, no caso.
O custo da contratação de advogados do naipe Assad, para atuar em causas complexas, não é baixo, avaliam profissionais da área. A grande questão é saber a origem do dinheiro que será usado para pagar os honorários de Mattar Assad e sua equipe.