Efeito Lula: brasileiros viajam em busca de sol e praia, mas ficam presos em oceanos de automóveis

Nó nas ruas – Quando o ucho.info afirma que os governos de Luiz Inácio da Silva e Dilma Rousseff são odes à incompetência, a esquerda nacional entra em polvorosa, mas contra fatos não há argumentos. E os fatos se repetem de forma insistente, o que elimina qualquer possibilidade de dúvida a respeito do assunto.

Lula chegou ao poder central, em 2003, certo de que governar um país como o Brasil é tão fácil quanto gerenciar um dos muitos botecos de porta de fábrica que frequentou, mas a realidade é bem distinta. A primeira ferramenta a ser acionada quando se está no comando de uma nação, não importando o tamanho, é o planejamento. E nesse caso o populismo barato precisa ser deixado de lado, pois do contrário acontece o que os brasileiros vivem atualmente.

No final de 2008, quando Lula implorou para que os brasileiros fossem às compras para tentar neutralizar os efeitos da crise internacional, o site não demorou a criticar a medida, pois não se pode tomar uma atitude como aquela sem prever as consequências, que no caso do Brasil foram e ainda são desastrosas. Conhecidamente populista e oportunista, Lula reduziu os impostos incidentes sobre a indústria automobilística e com isso entupiu o País com carros novos, sem se importar com o impacto da medida nas grandes cidades e muito menos com o endividamento recorde das famílias.

Agarrados à utopia, até porque é preciso anestesiar a consciência popular para aplicar um golpe, os palacianos insistiram na tese de que um país desenvolvido é aquele em que o pobre tem um carro novo, quando na verdade é o que permite ao rico usufruir do transporte público.

Muitas das grandes cidades brasileiras foram transformadas, em questão de meses, em verdadeiros mares de carros, o que elevou de forma exponencial os congestionamentos. Às autoridades, que sempre se valem de aeronaves oficiais ou têm o caminho aberto por batedores custeados com o dinheiro do contribuinte, esse tipo de situação pouco importa, desde que o sonho do carro novo reflita nas urnas eleitorais.

Na quinta-feira (14), véspera do feriado da Proclamação da República, cidades como São Paulo e Rio de Janeiro simplesmente pararam com a absurda quantidade de carros que tentavam alcançar as rodovias. Na capital paulista, o índice de congestionamento alcançou a impressionante marca de 752 km, recorde histórico, enquanto a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), vinculada à prefeitura paulistana, anunciava 309 km de trânsito. Isso porque Fernando Haddad, o prefeito que ainda não assumiu de fato, conseguiu a proeza arruinar a CET. O absurdo ultrapassou as fronteiras da maior cidade brasileira e chegou às rodovias que levam ao litoral, onde os motoristas demoraram até oito horas para percorrer um trecho que normalmente consome 60 minutos.

No Rio de Janeiro a situação não foi diferente desde as primeiras horas da quinta-feira. O trânsito simplesmente parou na Cidade Maravilhosa, levando os motoristas ao desespero, principalmente por causa do intenso calor. Vencer a distância da ponte Rio-Niterói, que normalmente leva 13 minutos, só era possível em uma hora ou mais. E nas duas importantes cidades a cena se repetiu na manhã desta sexta-feira (15).