Justa causa – Mais uma vez o músico Paul McCartney usou a fama em favor das causas ambientais. Em solidariedade aos trinta ativistas do Greenpeace presos em São Petersburgo, o ex-Beatle escreveu uma carta ao presidente russo, Vladimir Putin, pedindo a libertação de todos.
Há quase dois meses, o grupo foi detido durante uma manifestação pacífica contra a plataforma de petróleo da Gazprom no Ártico. A ideia era chamar atenção das consequências ambientais da exploração atual dos recursos da região.
McCartney afirma na carta que os ativistas da organização ambiental Greenpeace agem, acima de tudo, de maneira pacífica. “Na minha experiência, a não violência é parte essencial de quem eles são. Vejo você mesmo dizendo que eles não são piratas, bem, isso é algo que todo mundo deve concordar”. Em seguida, o ex-beatle, apela que eles sejam responsabilizados apenas por aquilo que realmente fizeram – a Justiça russa acusa os ativistas de pirataria e vandalismo.
“Eu entendo que os tribunais russos e a presidência sejam coisas separadas. No entanto, me pergunto se você poderia ser capaz de usar a influência que tem para reunir os detentos com suas famílias”. O cantor prossegue a carta citando uma canção dos Beatles: “Já estive longe por tanto tempo, caramba, é bom estar de volta em casa”, logo depois questiona “Você poderia fazer isso se tornar realidade para os prisioneiros do Greenpeace?”.
Segundo Paul McCartney, a carta ainda não obteve resposta do presidente russo. O embaixador russo, entretanto, respondeu dizendo que a situação “não é corretamente representada na mídia internacional”. “Seria ótimo se esse mal entendido pudesse ser resolvido e os manifestantes pudessem estar em casa com seus familiares em tempo para o Natal. Temos esperança”, afirma o cantor em seu site. (CicloVivo)