Governo tenta dissimular caso da saída de Pizzolato por Guarulhos, onde a PF enfrenta dificuldades

policia_federal_07Corda bamba – O caso do registro da saída de Henrique Pizzolato pelo Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, no último dia 20 de novembro, exigiu do governo petista de Dilma Vana Rousseff um esforço extra para que a vulnerabilidade da segurança no País não fosse mostrada ao planeta como realmente é.

Depois da matéria exclusiva do ucho.info, mostrando que o sistema de imigração continha dados sobre a saída do ex-diretor do Banco do Brasil, muitas foram as versões apresentadas, inclusive com alguns veículos de comunicação se submetendo às ordens do Palácio do Planalto. A ideia inicial foi mostrar que o documento é falso, mas isso não funcionou, pois os dados continuavam no sistema da Polícia Federal mais de 24 horas depois da denúncia. O máximo que se pode admitir é que as informações inseridas na base de dados da PF são improcedentes, o que mostra que o sistema é vulnerável.

Desde que o serviço de controle de imigração foi terceirizado, a vulnerabilidade da segurança no setor cresceu de forma assustadora. Na verdade, o Planalto vem prestando um enorme desserviço ao País com o desrespeito à Polícia Federal, que em diversas ocasiões sofreu a tentativa de ser transformada em polícia de governo, quando na verdade é de Estado, como deve continuar.

A dedicação dos agentes da PF é que tem impedido que o estrago seja ainda maior. A crise vivida pela Polícia Federal em Guarulhos é uma realidade conhecida há muito pelas autoridades. Para que o leitor avalie a má gestão do desgoverno de Dilma Rousseff, a Delegacia Especial de Aeroportos Internacionais (São Paulo) vive uma situação tão crítica, que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) notificou recentemente a PF pela falta de dedetização. Como o trabalho na delegacia é ininterrupto, a necessária dedetização não ocorreu até então. Isso acontece no maior aeroporto da América Latina, onde os agentes da PF lutam contra mosquitos, pernilongos e outros insetos.

O “cão policial” que mais apreende drogas no Aeroporto de Guarulhos está com os dias contados e deve ser sacrificado por ter contraído leishmaniose. O animal veio do Centro-Oeste e deveria ter sido vacinado em Brasília, no canil central, quando ainda era filhote, o que não aconteceu.

O detalhe mais preocupante do calvário que enfrenta a PF é que o “body scan”, equipamento de Raio-X para radiografar passageiros, foi cedido à Receita Federal. Com isso, caiu sensivelmente a detenção de traficantes que engolem cápsulas de cocaína. Sem contar que a prisão dessas “mulas” atrapalha sobremaneira o andamento do trabalho na unidade da PF em Guarulhos, pois os presos precisam ser levados ao hospital com escolta policial.

Outra questão que preocupa é o uso de integrantes da Guardas Civil Metropolitana (GCM) pela Polícia Federal. Quem vai à delegacia da PF no Aeroporto de Guarulhos é normalmente atendido por um GCM, inclusive quando o assunto é imigração.

Depois que o Aeroporto de Guarulhos foi privatizado, os protocolos de segurança têm sido abandonados em muitas ocasiões, pois “os voos não podem parar”, segundo relato de um agente da PF ao editor do site. Na edição de terça-feira (26), o ucho.info trará novas informações sobre a situação de penúria que enfrentam os agentes da Polícia Federal, uma das mais respeitadas corporações do País, mas que o governo do PT tem se esforçado para prejudicar.