Dilma ousou ensinar a Europa a sair da crise, mas economia brasileira foi ultrapassada pela da UE

(Jorge Araújo - Folhapress)
(Jorge Araújo – Folhapress)
Vergonha rouge – Não faz muito tempo, Dilma Rousseff foi à França para gazetear as falsas conquistas de um governo pífio e paralisado. Ao lado do colega francês, o socialista François Hollande, a petista deixou a modéstia de lado e ousou ensinar os europeus a saírem da crise. A bazófia foi tamanha, que Dilma anunciou a construção de 800 novos aeroportos, como se isso fosse tão fácil como fazer pamonha no quintal da casa da avó.

Que Dilma Rousseff é uma ode à incompetência todos os brasileiros com massa cinzenta sabem, mas os europeus desconheciam a realidade que existe por trás da farsa montada pela esquerda tupiniquim. O desgoverno do PT está de tal forma perdido, que nem mesmo os números da economia projetados por órgãos federais são levados em conta. De olho na reeleição, a presidente só pensa em cruzar os céus do Brasil para participar de eventos de campanha, enquanto a economia rola despenhadeiro abaixo, sem que as autoridades palacianas tomem alguma atitude para tentar reverter o caos.

Para que os europeus conheçam o fiasco em que se transformou o Brasil nas mãos dos messiânicos petistas, a economia nacional recuou 0,5% no terceiro trimestre do ano. A grande questão não está na tragédia brasileira, mas no desempenho da economia de países que foram alvo das abusadas lições de Dilma, a gerentona inoperante que o lobista Lula disse ser a garantia de continuidade. Como a continuidade do caos é o próprio caos, Lula não mentiu, pelo menos nesse caso.

A Alemanha, sob o comando da chanceler Angela Merkel, registrou avanço de 0,3% na economia no terceiro trimestre de 2013. A economia da castigada Espanha, país que está sob a batuta de Mariano Rajoy, avançou 0,1%. Na chamada Zona do Euro, apesar de todos os problemas largamente difundidos, o Produto Interno Bruto do bloco no período registrou crescimento de 0,1%. Já o PIB da França, onde Dilma destilou sua genialidade de camelô, teve desempenho negativo de 0,1%. Um resultado ruim, mas melhor do que o do Brasil, reduto de herdeiros de Aladim que se instalaram no Palácio do Planalto no rastro da “solucionática embusteira”.

A situação da economia brasileira tende a piorar. O governo do PT, preocupado com as eleições de 2014, não está disposto a cortar gastos, pelo contrário. As despesas federais têm crescido de maneira irresponsável, sem que o contribuinte receba a contrapartida da voraz e criminosa carga tributária que corrói a nação. O Brasil vive um momento crítico em relação à economia, pois o consumo tem caído rotineiramente e a inflação continua em alta. Ou seja, o País ruma na direção da estagflação. Isso se confirma também com a não redução do nível de desemprego, o que significa pleno emprego. Reflexo de um governo de fanfarra, que gasta de maneira tresloucada e só consegue mostrar alguma realização nas campanhas publicitárias oficiais, sempre superfaturadas e recheadas de efeitos especiais.

Não é irresponsabilidade afirmar que o Brasil está a um passo de se tornar os Estados Unidos meses antes da crise de 2008, cujos efeitos são sentidos até hoje em diversas partes do planeta. A grande diferença é que a economia norte-americana mostrou-se sólida o suficiente para que o país saísse da crise.