José Eduardo Cardozo afirmou não ser “engavetador” e deve exigir a imediata investigação do PT

jose_eduardo_29Cadê a coragem – Ainda sem ter chegado às livrarias, o livro do delegado Romeu Tuma Júnior coloca o ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, em situação muito delicada e difícil. Há dias, Cardozo destilou moralidade ao participar de audiências no Senado e na Câmara dos Deputados, quando, ao explicar o caso da Siemens, disse que um ministro não pode ser um “engavetador” de denúncias. O titular da Justiça tentava se esquivar das cobranças de parlamentares do PSDB e usou da bazófia para de forma inominada fazer referência a Geraldo Brindeiro, procurador-geral da República na era FHC e que foi acusado pelos petistas de engavetar escândalos.

Como já afirmamos em muitas matérias, foi criminosa a forma como o governo do PT encaminhou à Polícia Federal as denúncias sobre um eventual cartel liderado pela Siemens, pois inicialmente o assunto estava baseado em uma declaração escrita não assinada, mas depois migrou para uma tradução fraudulenta de um documento enviado à matriz da Siemens na Alemanha. O tal documento cita a possibilidade de pagamento de propina, mas não menciona o nome de qualquer político como sendo beneficiário do eventual suborno. Na tradução feita pela horda petista, nomes de políticos tucanos foram acrescentados de maneira irresponsável e criminosa.

Com as denúncias feitas pelo delegado Romeu Tuma Júnior no livro “Assassinato de Reputações – Um Crime de Estado”, com 557 páginas e com muitas provas e documentos, José Eduardo Cardozo tem a obrigação de determinar à mesma Polícia Federal que investigue o seu partido, o PT, e o envolvimento de companheiros de legenda em diversos esquemas criminosos.

Caso o ministro da Justiça se recuse a levar adiante a investigação do que pode ser o maior escândalo da história política nacional e o explosivo que mandará o PT pelos ares, ficará patente que o governo de Dilma Rousseff, assim como os dois de Lula, instalou um Estado policial, no qual apenas os adversários são investigados e alvo de falsos dossiês. Fora isso, a não tomada de medidas concretas no âmbito da investigação levará o ministro a incorrer no crime de prevaricação.

O governo petista de Dilma e o Partido dos Trabalhadores estão desmoralizados, sem qualquer condição de justificar o injustificável. O livro de Tuma Júnior é apenas a ponta de um iceberg de lama e corrupção que se formou no mar da política verde-loura. Ainda há muito a ser revelado sobre os escândalos de um partido cujos integrantes têm demonstrado ao longo dos anos uma incontestável vocação para o banditismo político.

As denúncias do delegado que é filho do finado senador Romeu Tuma mostram como são tratados os que combatem os desmandos de uma legenda responsável pelo período mais corrupto da história nacional, cujo objetivo maior é a conclusão de um projeto totalitarista de poder para transformar o País em uma versão agigantada da vizinha e combalida Venezuela.

Em janeiro de 2003 o editor do ucho.info alertou para o perigo de o Brasil ter sido colocado na trilha da “cubanização”, mas muitos nos criticaram pela afirmação da época. O tempo passou e as provas estão aparecendo com atraso, mas ainda há tempo para expulsar do poder a quadrilha liderada pelo lobista de empreiteira.