Papel carbono – Quando o ucho.info afirmou que a pré-candidatura de Denise Abreu à presidência da República começava a preocupar os atuais ocupantes do Palácio do Planalto, muitos pensaram se tratar de exagero deste site. O tempo está passando e a nossa afirmação começa a ganhar o contorno da confirmação. É fato que Denise Abreu não tem os mesmos recursos financeiros de alguém que está no poder central com a caneta na mão e gerenciando um orçamento estratosférico, mas o discurso da ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) é consistente e tem começo, meio e fim. Algo que Dilma nem de longe sabe o que é.
Contando com um marqueteiro que dá plantão ininterrupto no Palácio e chega a dizer como se deve governar, Dilma parece não confiar plenamente naquele que deve ser o responsável por sua campanha pela reeleição. João Santana, o marqueteiro escolhido por Lula para cuidar da passada campanha presidencial da gerentona inoperante, não está com a criatividade tão em alta quanto se fala nos bastidores da política nacional.
No pronunciamento de final de ano, que foi levado ao ar em cadeia de rádio e televisão, Dilma tentou mostrar aos brasileiros que o Brasil é o país de Alice, aquele das maravilhas. Na esteira de um discurso recheado de mentiras, a presidente, abusando do ufanismo, disse em determinado momento: “O Brasil será do tamanho que quisermos, do tamanho que o imaginemos. Se imaginarmos um país justo e grande e lutarmos por isso, assim o teremos”.
O Brasil que os brasileiros querem é muito maior do que aí está, paralisado e à beira da crise por conta da incompetência de um governo que abusa do populismo barato e dos efeitos especiais nas campanhas publicitárias. De nada adianta os brasileiros quererem um Brasil maior, porque Dilma e seus asseclas são desprovidos de competência para encarar tal tarefa. Se esse é o sonho maior da população, que o PT seja despejado do Palácio do Planalto por meio dos votos.
Independentemente desse discurso mentiroso e encomenda, Dilma acabou plagiando Denise Abreu, que em vídeo publicado muito antes do pronunciamento presidencial disse: “Queremos um país do tamanho dos impostos que pagamos, queremos um Brasil de primeiro mundo! Acredite no Brasil! Acredite em você!”
Sem esboçar qualquer dose de cerimônia, Dilma – ou talvez o palaciano que escreveu o discurso – copiou a expressão “do tamanho dos nossos impostos”, trocando “impostos” por “sonhos”. Tudo de forma acintosa, para continuar iludindo os brasileiros que têm pesadelos por causa da escorchante carga tributária, já na casa de R$ 1,7 trilhão, Sem que a devida contrapartida pelo menos dê sinal de vida.
Nove entre dez brasileiros pensantes sabem que Dilma apenas gerencia um governo cujo verdadeiro chefe é Lula, o lobista alcaguete. Mesmo assim, a presidente deveria ter o cuidado de não plagiar pessoas do mundo político que lhe causam arrepios, como é o caso de Denise Abreu. Se até mesmo para um assunto desse naipe a presidente é incapaz, o melhor é trocar de marqueteiro, porque João Santana pode estar fora do prazo de validade.