Investigadores franceses dizem que Michael Schumacher não esquiava em alta velocidade

(Patrick Hertzog - AFP)
(Patrick Hertzog – AFP)
Dúvidas continuam – Em coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (8), na cidade de Albertville, autoridades que investigam o acidente de esqui sofrido por Michael Schumacher nos Alpes franceses afirmaram que o heptacampeão de Fórmula 1 não esquiava em alta velocidade quando caiu.

“Não conseguimos reconhecer que ele estivesse esquiando em alta velocidade”, afirmou Stephane Bozon, comandante da unidade policial francesa responsável pela investigação. Os investigadores frisaram que, para o tipo de terreno, Schumacher esquiava de modo absolutamente normal para um bom esquiador.

De acordo com o promotor público responsável pela investigação, Patrick Quincy, o ex-piloto esquiava a uma distância entre três e seis metros fora das pistas demarcadas. Quincy disse também que a rocha em que Schumacher bateu a cabeça estava a oito metros de distância da pista de esqui.

Dois minutos de vídeo

Quincy afirmou que o vídeo gravado pela câmera do capacete do piloto tem cerca de dois minutos de duração e também registrou sons e imagens, as quais estão sendo analisadas pelos investigadores. No caso dos sons, acrescentou, ouve-se apenas o barulho dos esquis sobre a neve.

O promotor informou que até o momento não há notícias de um vídeo amador que, segundo a revista Der Spiegel, um turista alemão teria filmado no local do acidente. “Tenho dúvidas de que ele exista”, afirmou.

O representante do Ministério Público disse que as investigações estão avançadas e que a velocidade do ex-piloto não é um elemento importante para elucidar a tragédia e que a mesma não pode ser estimada. Os investigadores confirmaram que o capacete de Schumacher se quebrou em pedaços quando bateu na rocha. “Não permaneceu uma peça só.”

Normas respeitadas

Patrick Quincy disse, também, que a pista em que Michael Schumacher esquiava, na estação de Méribel, estava sinalizada, preparada e demarcada de acordo com as normas internacionais de segurança para o esporte. “Os exames que realizamos mostram que essas normas foram respeitadas”, ressaltou Quincy.

O heptacampeão mundial de Fórmula 1 está em estado crítico, em coma induzido, desde 29 de dezembro, quando caiu e se chocou contra uma rocha numa área fora das pistas demarcadas, quando esquiava nos Alpes franceses. (Com agências internacionais)