Governo gaúcho mente ao afirmar que Presídio Central de Porto Alegre não registra homicídios há anos

tarso_genro_21Pingo nos is – O Presídio Central de Porto Alegre (PCPA) está envolvido em um polígono de polêmicas. A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA) expediu, em 30 de dezembro passado, Medida Cautelar que solicita ao governo brasileiro a imediata adoção de providências para solucionar a caótica situação do PCPA, onde, entre tantos descalabros, quadrilhas de presos controlam o acesso às galerias. O governo da presidente Dilma Vana Rousseff tem prazo até o próximo dia 15 de janeiro para informar à CIDH as providências tomadas.

Fosse o estado do Rio Grande do Sul governado por algum adversário político do Partido dos Trabalhadores, a estridente ministra Maia do Rosário Nunes, da Secretaria de Direitos Humanos, já estaria a circular pelo País com o documento nas mãos e fazendo o conhecido estardalhaço que os “companheiros” patrocinam com notória facilidade. Como a terra de chimangos e maragatos está sob a batuta do incompetente Tarso Genro, o peremptório, a ministra Maria do Rosário prefere se apequenar e adotar silêncio obsequioso.

Tarso Genro, por sua vez, ordenou aos seus estafetas que informassem que no Presídio Central de Porto Alegre não tem ocorrido homicídios nos últimos dois anos, como se a unidade prisional da capital gaúcha fosse uma congregação de monges. A informação que emanou do Palácio Piratini é mentirosa e foi duramente criticada na manhã desta quarta-feira (8) durante programa da Rádio Gaúcha.

Em comentário tão contundente quanto preocupante, no programa radiofônico “Gaúcha Hoje”, Cláudio Brito afirmou que ao longo dos últimos anos foram registradas no Presídio Central de Porto Alegre “mortes suspeitíssimas, travestidas por laudos cadavéricos que não correspondem à verdade”. Ou seja, alguém, a mando do governo gaúcho, estaria fraudando laudos cadavéricos para passar à população a impressão de que no PCPA reina a mais absoluta tranquilidade.

Em seu depoimento, Brito citou o juiz Sidinei Brzuska, responsável pela Vara das Execuções Penais de Porto Alegre e que no programa mereceu elogios como “grande magistrado” e “o mais envolvido com o tema da execução das penas” no Rio Grande do Sul.

Diante do depoimento de Cláudio Brito, não apenas o petista Tarso Genro deve explicações céleres, mas a ministra Maria do Rosário, que adora fustigar os adversários com os temas relacionados aos direitos humanos. Fora isso, o ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, tem o dever de cobrar explicações daquele que já ocupou a pasta, o companheiro Tarso Genro, pois é inimaginável que um governante se valha de expedientes criminosos para maquiar a própria administração. Ademais, cabe ao Conselho Nacional de Justiça, na pessoa de seu presidente, ministro Joaquim Barbosa, determinar imediata inspeção do Presídio Central de Porto Alegre, uma vez que o silêncio das autoridades servirá para perpetuar a vergonhosa violação do que determina a legislação vigente no País.

Confira abaixo o comentário de Cláudio Brito no programa de rádio “Gaúcha Hoje”