Haddad enfrenta seguidos reveses nas promessas de campanha, mas prefeito quer dar um nó em SP

fernando_haddad_40Fora do script – Em dezembro de 2008, quando a crise internacional ganhava musculatura, este site alertou para o perigo que rondava as medidas adotadas pelo então presidente Luiz Inácio da Silva. A grande questão estava no fato de o populismo barato de um partido político caminhar de mãos dadas com um governo incompetente e avesso ao planejamento. Usar o consumo interno como remédio contra a crise econômica é algo válido desde que o período não seja longo. Do contrário as consequências são devastadoras, como há muito acontece no Brasil.

Uma das grandes irresponsabilidades do governo do lobista Lula, que ganhou força com gerentona Dilma Rousseff, foi despejar nas ruas brasileiras um volume absurdo de carros novos, sem que as cidades tivessem infraestrutura para suportar tamanho impacto. O resultado dessa sandice pode ser facilmente conferido diariamente nas maiores metrópoles do País, onde os congestionamentos são insuportáveis e consomem, em média, três horas do dia de cada motorista.

A maior cidade brasileira, São Paulo, é o maior exemplo desse cenário caótico que carrega a estrela vermelha do PT, símbolo da incompetência e do ufanismo medido. Sem saber como resolver o nó cada vez maior que domina o trânsito paulistano, o prefeito Fernando Haddad, pupilo de Lula, viu a maior de suas promessas de campanha ir pelos ares. O Tribunal de Contas do Município de São Paulo (TCM) suspendeu o projeto de criação de novos corredores de ônibus, algo que vinha sendo feito de maneira atabalhoada e sem qualquer planejamento minimamente convincente. A medida, adotada logo no início da administração Haddad, serviu apenas para complicar ainda mais o trânsito da cidade, já que em algumas vias aos automóveis restou apenas uma faixa de circulação.

O TCM considerou que faltam requisitos básicos para a construção dos tais corredores, que têm previsão de gastos de R$ 4,7 bilhões nos próximos três anos. Entre os questionamentos do tribunal está a fonte de recursos que financiará um projeto com previsão de gasto na casa de R$ 4,7 bilhões em três anos. Na opinião dos conselheiros do TCM, falta também o projeto básico de engenharia e urbanismo dos corredores. A prefeitura tem prazo de quinze dias para responder ao Tribunal de Contas paulistano.

Enquanto Fernando Haddad se dedica à cosmética da administração pública para maquiar a cidade de São Paulo, preparando o terreno para a campanha do companheiro Alexandre Padilha, candidato do PT ao governo paulista, a melhoria do transporte público é tema que recheia apenas os discursos oficiais. Sem qualquer melhoria no setor, o paulistano dificilmente abandonará o uso de automóveis.

Preocupado em melhorar os índices de aprovação popular, Haddad deve divulgar ainda nesta quinta-feira (9) um projeto que amplia em 373 quilômetros a área do rodízio de veículos, que na capital dos paulistas funciona nos dias úteis das 7 às 10 horas da manhã e das 17 às 20 horas. Com esse novo projeto, o rodízio chegará à periferia da cidade, alcançando vias importantes que servem de ligação entre os principais eixos urbanos.

Toda essa conjunção de erros mostra de maneira inequívoca a falta de competência de Fernando Haddad para administrar a quarta maior cidade do planeta, que por sua importância nacional merece alguém com currículo menos vexatório, Quando foi apresentado ao eleitorado paulistano, Haddad recebeu de Lula o rótulo de “maior ministro da Educação de todos os tempos”. Para quem entende minimamente de Educação não é difícil compreender o que acontece na Pauliceia Desvairada.