Sem saída – Dezenas de milhares de pessoas foram às ruas de Bangkok nesta segunda-feira (13/01) em protestos pacíficos contra o governo. Os manifestantes querem a renúncia da primeira-ministra Yingluck Shinawatra, o adiamento das eleições de 2 de fevereiro e sua substituição por um conselho eleito que reforme o sistema político da Tailândia, que eles consideram corrupto.
Desde domingo à noite, dentro da campanha chamada de “Fecha Bangcoc” pelo líder dos protestos, Suthep Taughsuban, manifestantes começaram a levantar barricadas e montar barracas em pontos movimentados no centro da capital. Dezenas de ruas foram bloqueadas. O movimento está sendo observado por mais de 18 mil policiais.
Suthep descarta qualquer negociação com o governo e expressa confiança na vitória da “revolução popular” para erradicar o que chama de “regime de Thaksin”, em referência ao ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, irmão de Yingluck.
Desde o golpe de Estado de 2006 contra Thaksin, que vive no exílio em Dubai para evitar uma condenação por corrupção, a Tailândia sofre uma profunda crise política pelo enfrentamento entre opositores e simpatizantes do antigo líder.
Embora os protestos nesta segunda-feira aconteçam de maneira pacífica e em clima até festivo, oito pessoas morreram desde que Suthep passou a liderar o movimento de oposição, anunciou boicote às eleições e estimulou a ocupação de ministérios. O Exército já disse que não vai intervir na crise, mas muitos temem um golpe militar diante de uma eventual escalada da violência. (Com agências internacionais)