Surrupio patrocinado pela Caixa em cadernetas de poupança, no valor de R$ 719 milhões, é caso de polícia

dinheiro_97Mãos ao alto – Em qualquer país minimamente sério do planeta, a “tunga” que a Caixa Econômica Federal deu nas cadernetas de milhares de clientes, sob a alegação de que as mesmas estavam irregulares, a polícia já teria entrado em ação e levado à prisão o presidente da instituição financeira, Jorge Hereda. O Banco Central (BC) divulgou nota no domingo (12) informando afirma que não houve qualquer prejuízo para os clientes da Caixa com a decisão do banco de encerrar, em 2012, as contas de poupança que estavam com CPF irregulares, mas não é essa a tradução da realidade.

A Caixa, por sua vez, após a direção da instituição ser cobrada pela presidente Dilma Rousseff, anunciou que o dinheiro esta disponível, mas trata-se de uma mentira deslavada, pois na manhã desta segunda-feira (12) muitos clientes que tiveram as poupanças excluídas elas foram informados que as contas não mais existem e não há qualquer valor a ser ressarcido. Ou seja, garfaram na cala da noite as economias de milhares de brasileiros, que a partir de agora terão de recorrer à Justiça.

Se o que a Caixa fez com o dinheiro alheio tivesse sido cometido por alguém sem qualquer proteção, esse já estaria atrás das grades respondendo por apropriação indébita. Ao banco público não cabe decidir sobre a destinação dos valores depositados em uma conta poupança, mesmo que o CPF do titular esteja irregular. A eventual irregularidade do documento de inscrição do titula na Receita Federal não extingue a propriedade do dinheiro.

Considerando que a Caixa agiu e maneira criminosa ao se apropriar do dinheiro alheio (R$ 719 milhões), lançando o valor de R$ 420 milhões (descontados os impostos) como lucro do banco, que a mesma tese seja aplicada aos clientes inadimplentes que têm CPFs irregulares. Ou seja, que cancelem suas dívidas por conta de eventuais irregularidades ou pendências nos documentos.

A presidente Dilma, que já mostrou ser uma governante que carece de pulso, deveria demitir toda a direção da Caixa, pois é inadmissível que um caso como esse aconteça à luz do dia, sem que seus responsáveis sejam punidos de acordo com o que determina a legislação. Não custa lembrar o caso do caseiro Francenildo Costa, o caseiro Nildo, que teve o seu sigilo bancário violado no rastro de uma operação criminosa para tentar blindar o então ministro Antonio Palocci Filho, da Fazenda. O máximo que aconteceu no caso foi a demissão do então presidente do banco, Jorge Mattoso, o arrogante que faz parte da “panelinha” de Marta Suplicy.

Mas não é apenas esse escárnio que ocorre na Caixa Econômica Federal. A instituição deixou de atualizar o saldo inativo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) de milhares de beneficiários, desde 2009. A Polícia Federal precisa fazer uma visita na sede da Caixa, sempre lembrando que é importante reforçar o estoque de algemas.