Muita fumaça – No Brasil a esquerda ignara instituiu que aquele que critica suas sandices deve ser execrado, como se a utopia comunista fosse a derradeira salvação do planeta. Quando críticas ocorrem, os “esquerdopatas” se movimentam na rede mundial de computadores, onde esparramam besteiras de toda ordem.
A divergência de opiniões que marcou um diálogo entre o jornalista Diogo Mainardi e a empresária Luiza Trajano (leia-se Magazine Luiza), levado ao ar no programa Manhattan Connection, foi comemorado à exaustão pelos esquerdistas, que acionaram a tropa cibernética para repercutir na internet o que foi considerado uma desmoralização de Mainardi. Uma besteira tão colossal, que comentar o assunto provoca náuseas.
Diogo Mainardi questionou a empresária sobre os elevados índices de inadimplência no País, que disparam no vácuo do falso messianismo de Lula, mas Trajano limitou-se a responder com dados sobre o varejo, dizendo que o setor avança às mil maravilhas. A inadimplência no varejo pode estar aquém dos índices gerais, mas é preciso considerar que as vendas a crédito na maioria das vezes são viabilizadas por instituições financeiras, que para essas operações contratam seguros contra calote. Fora isso, a empresária não apenas respondeu ao jornalista, mas falou para a sua plateia que o consumismo deve continuar porque o risco de inadimplência é muito pequeno. Algo parecido com um traficante de drogas dizendo ao viciado que cocaína faz bem. Lembrando, desde já, que o ucho.info não faz tal comparação com o intuito de macular a imagem de Luiza Trajano, mas apenas para exemplificar o conceito do discurso da empresária.
Por outro lado, qualquer empresário responsável e consciente não faz declarações que possam comprometer a reputação de seu próprio negócio. Na verdade, não pode comprometer o negócio em si. Como o varejo brasileiro é uma briga de foice no escuro, a saída é fingir que tudo está bem, mesmo que isso seja uma inverdade. O que as pesquisas apontam é diferente da fala de Trajano e do conteúdo do e-mail enviado a Mainardi.
Não se pode analisar a economia de um país com os olhos voltados apenas para determinado setor. Ou olha-se o todo, ou é melhor não fazer qualquer avaliação. Se o Brasil for analisado, por exemplo, pelo prisma da corrupção, que anualmente consome R$ 100 bilhões, será considerado um dos países mais ricos do planeta. A economia brasileira há muito está cambaleante, situação absolutamente inegável, pois os números confirmam cada vez mais o avanço do caos. Vivesse a economia nacional um momento tão majestoso quanto vociferou Luiza Trajano, por certo os investidores internacionais não estariam cm o pé atrás em relação ao Brasil.
Não importa se o varejo cresceu nos últimos cinco anos á sombra do crédito fácil e do endividamento recorde das famílias brasileiras. E por conta disso os empresários do setor querem manter essa roda girando cada vez mais, mesmo que impulsionada pela utopia econômica. Por outro lado, Luiza Trajano já foi convidada pela presidente Dilma Rousseff para assumir o Ministério de Micro e Pequenas Empresas, pasta que foi entregue a Guilherme Afif Domingos como parte da negociação com o PSD de Gilberto Kassab. Acontece que a reforma ministerial deve começar nos próximos dias e ter um gabinete na Esplanada dos Ministérios é o sonho de muitos pesos-pesados da economia da querida Botocúndia.
Resumindo, o ucho.info concorda com o jornalista Diogo Mainardi, ao mesmo tempo em que entende que a esquerda festiva desse nosso Brasil varonil valorizou em excesso a divergência de opiniões entre o jornalista e a empresária do varejo. E isso é facilmente explicado, pois no desgoverno de Dilma Vana Rousseff qualquer pequeno buraco na rua mais próxima é encarado como uma segura trincheira. Como os comunistas verde-louros nada têm a mostrar, a eles resta essa fanfarra descabida e mitômana.