Pesquisa do IBGE aponta que no NE 44% dos cidadãos aptos a trabalhar estão desempregados por opção

ocio_01Assim é fácil – Quando setores da imprensa e a opinião pública criticam o programa “Bolsa Família”, a esquerda verde-loura entra em pânico e parte para o contra-ataque. Ninguém em sã consciência defende a miséria, situação que vilipendia de forma acachapante a dignidade humana, mas é inaceitável que o PT use o programa social como instrumento eleitoral. Na verdade, o Bolsa Família tem sido utilizado pelos petistas para aumentar e manter o curral eleitoral que se formou no vácuo do programa.

Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que na região Nordeste o contingente de pessoas com capacidade de trabalho que estão desempregadas é de 44% do universo laboral local. O mais assustador é que essas pessoas estão sem trabalhar por opção, não porque o a crise econômica bateu à porta.

Esse cenário comprova que o Bolsa Família transformou a vida miserável em cenário permanente do ócio remunerado. Isso explica a dificuldade de se encontrar mão de obra na região, até porque os beneficiários do programa ganham sem sair de casa. O lado ilógico do programa, que consome anualmente mais de R$ 20 bilhões dos cofres públicos, é que o benefício não tem reduzido a miséria, especialmente porque a inflação está muito acima do índice oficial anunciado pelo governo.

Contrariando o que deveria ser regra, o governo federal não exige dos beneficiários qualquer tipo de contrapartida, fazendo com que o programa seja uma espécie de patrocinadora da indolência. No Nordeste, segundo a pesquisa do IBGE, os 44% de desempregados também não querem procurar uma vaga de trabalho.

O grande desastre é que o programa, da forma como está sendo utilizado, faz com que a cultura da acomodação comece a se perpetuar na região, ao mesmo tempo em que garante ao PT a eleição dos candidatos da legenda, como é o caso de Dilma Rousseff, cada vez mais empenhada em sua campanha pela reeleição. Enquanto o governo não criar uma estratégia que permita cobrar dos beneficiários uma contrapartida, a sangria de dinheiro pública continuará crescendo, sem que se alcance o objetivo maior, que é a redução da miséria. Os palacianos sabem disso, mas preferem garantir a reeleição de Dilma, às custas do suado dinheiro do contribuinte.