PPS pede à Procuradoria da República abertura de inquérito para apurar gastos de Dilma em Lisboa

dilma_rousseff_399Lupa na mão – O PPS ingressou, nesta segunda-feira (27), com representação na Procuradoria-Geral da República solicitando a abertura de inquérito civil público para apurar a escala técnica da comitiva da presidente Dilma Rousseff, em Lisboa, no último sábado (25). A parada não fazia parte da agenda oficial e teria custado somente em diária para a presidente, em hotel de luxo da capital portuguesa, o equivalente a R$ 26 mil.

Na representação, assinada pelo líder do partido na Câmara dos Deputados, Rubens Bueno (PR), o PPS alega que a despesa foi “desnecessária e divorciada do interesse público, o que poderia caracterizar, pelo menos em teste, ato de improbidade administrativa”.

“É um gasto desnecessário com hotéis e restaurante luxuosos num momento em que o país sofre com a volta da inflação, a elevação dos juros, a desconfiança interna e externa e um crescimento econômico medíocre”, criticou Bueno, que cobra esclarecimentos, como a decisão da presidente e comitiva de não “pernoitarem na embaixada do Brasil em Lisboa”.

De acordo com nota divulgada pelo Palácio do Planalto, a escala em Lisboa se justificaria porque a aeronave na Presidência não possui autonomia de voo necessária para percorrer a distância de Zurique, na Suíça, onde Dilma participou do Fórum Econômico Mundial, para Havana, em Cuba.

Em Lisboa, a presidente se hospedou no Hotel Ritz, o mais caro da capital portuguesa – com diária estimada em oito mil euros, o equivalente a R$ 26 mil – e os demais integrantes da comitiva em outro hotel de alto luxo. Dilma também jantou num dos mais tradicionais restaurantes da cidade, o Eleven.

“O fato de não ter qualquer compromisso oficial em Lisboa não justifica esse gasto excessivo, o que exige a instauração de inquérito civil público para apurar se ele foi mesmo necessário”, afirmou Rubens Bueno.