Chumbo trocado – Demorou, mas aconteceu. O governo do Estado de São Paulo, sob o comando do tucano Geraldo Alckmin, reagiu à altura e não se intimidou com a possibilidade de o PT tentar pegar carona no episódio do jovem que foi baleado durante protesto realizado, no último sábado (25), na capital paulista contra a Copa do Mundo. A manifestação começou no final da tarde de forma pacífica, mas por volta das 20 horas os baderneiros profissionais e de aluguel entram em cena e protagonizaram um quebra-quebra generalizado.
Nesta segunda-feira (27), o secretário Fernando Grella Vieira, da Segurança Pública, deixou a filosofia de lado e afirmou que a Polícia Militar agiu corretamente ao responder às agressões do estoquista Fabrício Proteus Chaves, de 22 anos, que foi atingido por três tiros ao tentar agredir um policial com o estilete. “A polícia tem que agir quando há quebra da ordem”, afirmou o secretário durante entrevista.
Chaves carregava em sua mochila, além do estilete, um coquetel molotov e não foi considerado pelo secretário como manifestante. “Não acho que seja manifestante quem anda com estilete, com materiais supostamente explosivos, com bolinhas de gude. Não acho que sejam pessoas dadas a manifestações”, declarou Grella Vieira. “As imagens são de uma agressão que, em tese, justificaria a legítima defesa. Esses fato e outros individuais evidentemente que serão apurados”, completou.
A Polícia Militar informou que Fabrício foi baleado após ser aborda pela e tentar atingir um policial no bairro de Higienópolis, na Zona Oeste da cidade de São Paulo. Em nota divulgada no final de semana, a Secretaria de Segurança afirmou que Chaves é integrante do grupo conhecido como “Black Bloc”. “No último sábado, o black bloc resistiu à abordagem, fugiu e atacou um policial”, destacou o texto. O secretário afirmou que o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) fará o cruzamento de dados para esclarecer se de fato o jovem é adepto movimento que tem nos últimos meses tem deixado um rastro de destruição nas principais capitais brasileiras.
O irmão da vítima, o auxiliar de escritório Gabriel Chaves, de 24 anos, negou que o ferido seja adepto ou integrante do movimento “Black Bloc”. “Ele ia [a protestos], mas ia pacificamente. Eu também ia com ele. Um monte de amigos meus também [iam]. Nunca teve nenhum problema. Se você vir no vídeo, ele estava com roupa branca. Quem tem mais roupa preta sou eu, mas a gente não participava do Black Bloc, nada assim”, declarou o irmão de Fabrício, que o alertou para o perigo que era andar com um estilete na mochila.
De acordo com Gabriel, a participação do irmão em protestos foi motivada pela impunidade no meio político e por problemas nos transportes e na saúde pública. “Bandeira [política] a gente nunca teve. [O que mais revoltava é] a situação dos ônibus e da saúde que é ruim”, declarou.
Os jovens que participam de manifestações precisam estar cientes de que atentar contra a ordem pública é crime e que qualquer reação contra as autoridades, em especial os policiais, será rechaçada dentro da lei. Esses baderneiros de aluguel que se infiltram em manifestações pacíficas e democráticas são cooptados e financiados pela banda radical da esquerda brasileira, a quem interessa instalar o caos. Que não pensem que a baderna institucionalizada atropelará a legislação vigente. É preciso reagir com firmeza, não temendo qualquer atitude chicaneira e oportunista do Partido dos Trabalhadores, que por querer tomar de assalto o Palácio dos Bandeirantes tem trabalhado para colocar um cadáver no colo de Geraldo Alckmin.
Se o motivo que leva os manifestantes às ruas, com direito à depredação do patrimônio público e privado, é a falta de qualidade nos serviços públicos e contra a Copa do Mundo, os protestos devem ocorrer diante do Palácio do Planalto e do apartamento do lobista Lula, em São Bernardo do Campo, até porque foi do petista a ideia de trazer para o Brasil o campeonato mundial de futebol.
Fato é que enquanto estão destruindo o patrimônio alheio, os baderneiros não têm limites e são excessivamente corajosos. No momento em que os agentes da lei entram em cena, reagindo à ação descontrolada de quadrilhas organizadas, todos tornam-se santos, indefesos e bem intencionados. Só mesmo inocentes é que acreditam nessa conversa fiada que não passa de mais uma missa encomendada pelo Palácio do Planalto.