Mercadante é confirmado como substituto de Gleisi na Casa Civil, que já viveu dias melhores

gleisi_mercadante_01Remendo oficial – Mais importante pasta do governo federal, a Casa Civil já viveu dias melhores. Desde a chegada de Luiz Inácio da Silva, o X9 Lula, ao Palácio do Planalto, a Casa Civil foi passarela de escândalos e corrupção. Depois de José Dirceu, ejetado do cargo por conta do episódio do Mensalão do PT, o maior escândalo de corrupção da história nacional, o cargo foi entregue a Dilma Rousseff, que pouco ou nada fez, apesar de ter sido chamada por Lula de a “mãe do PAC”.

Com a decisão de concorrer à Presidência da República, Dilma colocou em sua cadeira da Casa Civil a “companheira” Erenice Guerra, que também deixou a pasta debaixo de sérias acusações de tráfico de influência. Eleita, Dilma convidou para comandar a Casa Civil ninguém menos que Antonio Palocci Filho, que subiu a rampa da guilhotina no embalo de um meteórico e inexplicável crescimento patrimonial.

Para substituir Palocci a presidente convidou a senadora Gleisi Hoffmann, que ascendeu ao cargo debaixo de uma séria de galhofas, a maioria acerca da sua conhecida incompetência. Apenas um rosto bonitinho no Palácio do Planalto, Gleisi fez a sua primeira grande lambança na pasta ao indicar o pedófilo Eduardo Gaievski para o cargo de assessor especial, coma responsabilidade de cuidar dos programas federais para menores. Gaievski acabou preso pela polícia do Paraná e a ministra-chefe da Casa Civil revelou o seu lado censor e decidiu processar o editor do ucho.info. Atitude típica de pessoas que não se contentam com a própria incompetência e se valem da presunção.

Candidata do PT ao governo do Paraná, Gleisi entrou na primeira lista da terceira reforma ministerial do governo da companheira Dilma. Senadora licenciada, Gleisi reassumirá o mandato parlamentar e será substituída por Aloizio Mercadante, até então no Ministério da Educação.

Verdadeira ode à vaidade e à arrogância, Mercadante tentou um vaga na Esplanada dos Ministérios durante os oito anos do governo Lula, mas o ex-metalúrgico sequer deu bola ao então senador petista eleito por São Paulo. A única conquista de Aloizio Mercadante durante a era Lula foi uma dura carraspana, no Palácio da Alvorada, depois que na condição de líder do PT no Senado subiu à tribuna para renunciar em caráter “irrevogável”. Após o pito de Lula, o agora chefe da Casa Civil voltou a ocupar a tribuna do Senado para revogar o irrevogável.

Mas a porção utópica do currículo de Aloizio Mercadante não fica só nisso. Em 2006, quando concorria ao governo paulista, Mercadante teve o nome arrastado pelo furacão que se formou no vácuo do escândalo que ficou nacionalmente conhecido como “Dossiê dos Aloprados” ou “Dossiê Cuiabá”. Chefe da campanha de Mercadante, Expedito Veloso tinha ligações diretas com os homens presos pela Polícia Federal em um hotel de São Paulo, com R$ 1,7 milhão em espécie. O dossiê tinha o objetivo de ajudar o agora ministro a chegar ao segundo turno, mas a estratégia falhou.

Sempre se apresentando como um dos gênios brasileiros da economia, Aloizio Mercadante enfrentou situação constrangedora por ocasião da apresentação de sua tese de doutorado na Universidade Estadual de Campinas. Acadêmicos da Unicamp descobriram que a tese de Mercadante não passava de uma cópia ajeitada do conteúdo de livro de sua autoria e que trata do milagre da era Lula. O ministro tentou se explicar, mas não convenceu. Em suma, ele inaugurou em primeiríssima mão o autoplágio, algo até então inédito no planeta.

Levando-se em consideração que a Casa Civil já abrigou figuras do naipe e da competência de Golbery do Couto e Silva e Leitão de Abreu, deixar a pasta nas mãos de Gleisi Hoffmann e na sequência nas de Aloizio Mercadante é querer rasgar a história e zombar do povo brasileiro. Enfim…