Pau mandado – A possibilidade de protestos durante a Copa prejudicar ainda mais a imagem do Brasil e repercutir na campanha de Dilma Vana Rousseff, que há muito é candidata à reeleição, tem levado os palacianos a medidas das mais variadas. A primeira delas foi tomada pelo Ministério da Defesa, que uniformizou em documento os procedimentos das três Armas (Exército, Marinha e Aeronáutica) diante de protestos, sendo que nesses casos os militares terão poder de polícia. O que mostra a disposição do governo em rechaçar protestos durante o campeonato mundial de seleções.
A segunda medida ainda está sendo tratada apenas nos bastidores do poder, mas já é uma realidade. A mando do governo, emissários palacianos selaram uma parceria com as principais torcidas organizadas com o objetivo de promover em todo o País manifestações a favor da Copa do Mundo, evento bilionário que em termos técnicos e financeiros o Brasil não tem condições de realizar, mas o ufanismo burro das autoridades prevaleceu.
Essas manifestações de encomenda têm todos os ingredientes para acabar em confrontos civis. As torcidas organizadas são controladas por pessoas com vocações criminosas que têm ligações com os cartolas dos respectivos, de quem recebem polpudas quantias para levar aos estádios o maior número de torcedores (sic).
Despejando dinheiro nos bolsos dos “donos” das torcidas organizadas, o governo petista de Dilma Rousseff conseguiu unir essas facções criminosas que se escondem atrás do futebol para uma manifestação em favor da Copa do Mundo no próximo dia 22 de fevereiro. Evento que tem grandes chances de acabar com mortes.
A maior prova dessa armação ilimitada foi a junção de representantes das violentas torcidas do Corinthians e do São Paulo Futebol Clube, que não se toleram, para um programa em que diziam ser favoráveis à Copa do Mundo.
Essa estratégia utópica e perigosa mostra o despreparo dos frequentadores do Palácio do Planalto, que sequer conhecem a realidade além das fronteiras da Esplanada dos Ministérios. Se algo sair errado durante o protesto agendado para fevereiro, o governo do PT pagará um preço muito caro pela irresponsabilidade oficial.
Cortina de fumaça
A preocupação dos verdadeiros amantes do futebol em relação ao que pode acontecer no Brasil durante a Copa do Mundo tem assustado muito mais pessoas do que imaginam as autoridades. Diante dos apelos das autoridades de diversos países para que os torcedores desistam de acompanhar o evento no Brasil, por conta da insegurança e da violência, a FIFA, preocupada com as consequências, anunciou recentemente que tudo será feito para garantir tranquilidade na Copa.
A FIFA desconhece a realidade brasileira e não pode garantir algo que está fora do seu controle. A situação é tão temerária, que as companhias aéreas, que antes acreditavam ser possível faturar com a disparada dos preços das passagens, agora espera lucrar com as viagens internacionais. Isso porque aumentou consideravelmente o número de pessoas interessadas ficar longe do Brasil durante a Copa do Mundo.
Para que o leitor tenha ideia do caos que deve se instalar no Brasil, as companhias aéreas estão exigindo, em média, 350 mil pontos (ou milhas) no programa de fidelidade por uma passagem de ida e volta entre São Paulo e Miami. No caso de o passageiro não ter a pontuação necessária, qualquer um dos trechos está saindo por R$ 2,9 mil.
Mesmo assim, repetindo a profecia boquirrota de Luiz Inácio da Silva, a presidente Dilma Rousseff e seus estafetas de plantam não cansam de repetir que o Brasil fará a maior Copa de todos os tempos, Resta apenas saber em que quesito repousará essa aludida grandiosidade.
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