Dança do siri – Depois dos discursos ufanistas da comitiva presidencial em Davos, na Suíça, onde diante de investidores de todo o planeta as autoridades brasileiras mentiram sem qualquer constrangimento, os números da economia revelam a dura realidade enfrentada pelo País.
De acordo com os resultados de pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta quinta-feira (30), o desemprego voltou a cair em dezembro de 2013. A taxa ficou em 4,3%, a menor desde o início da série histórica do instituto, iniciada em março de 2002.
Em novembro de 2013 e em dezembro de 2012, a taxa de desemprego – que considera a situação de seis regiões metropolitanas do país (Porto Alegre, Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Salvador) – foi a mesma (4,6%).
Na média de 2013, o índice de desemprego ficou em 5,4%, também a menor taxa anual da série, de acordo com o IBGE, quase repetindo o número de 2012, quando encerrou aquele ano em 5,5%. Esse número mostra que o Brasil alcançou o que o patamar de pleno emprego, situação que impede a economia de avançar.
Essa estabilidade é resultado de vários fatores, como falta de investimento por parte de um governo de incompetentes, baixo movimento da economia e aumento do número de pessoas que saíram do mercado de trabalho. Com esse coquetel, nenhuma autoridade econômica do governo de Dilma Rousseff tem condições de arriscar qualquer palpite positivo sobre o crescimento do PIB, pois a tendência é que a economia brasileira ande de lado em 2014, correndo o risco de encolher.
A crise se aumenta a cada dia, sem que os palacianos reconheçam que os seguidos equívocos na adoção de medidas de estímulo à economia. A inflação continua resistente e o Banco Central já sinalizou que novos aumentos da taxa básica de juro (Selic) virão pela frente. Isso significa que o consumo deve cair ainda mais, enquanto a mão de obra brasileira continua na seara da má qualificação.
Vale salientar que o recuo no índice de desemprego em dezembro de 2013 é reflexo das contratações típicas do final de ano, cujo reflexo positivo deve desaparecer na próxima pesquisa do IBGE sobre o setor.