Crescem as cobranças a Gleisi sobre Gaievski, o ex-assessor pedófilo que continua filiado ao PT

gleisi_hoffmann_30Linha de tiro – A saída de Gleisi Hoffmann da Casa Civil serviu para aumentar as cobranças por uma atitude política da senadora e dirigente do PT sobre Eduardo Gaievski, seu ex-assessor na pasta, preso desde agosto por dezenas de acusações de crimes de estupro contra menores e pedofilia. Gaievski, que havia sido encarregado por Gleisi de cuidar das políticas do governo federal para menores, continua filiado ao Partido dos Trabalhadores e vem recebendo apoio da legenda.

Com Gleisi de volta ao Senado e reassumindo sua condição de dirigente do PT, aumentam as cobranças para que se posicione de forma clara a respeito do pedófilo. Desde a prisão do então assessor, denunciado pelo Ministério Público do Paraná em 40 crimes sexuais, 28 estupros de menores, 14 deles cometidos contra vulneráveis, Gleisi tem fugido de uma manifestação clara sobre o caso. Gaievski, que foi prefeito de Realeza pelo PT por duas vezes, teve sua filiação suspensa, mas não foi expulso do partido.

A prefeitura de Realeza, que continua nas mãos do PT, tem apoiado abertamente o pedófilo, a ponto de o secretário municipal de Administração, Fernandes Borges, ter sido preso quando tentava subornar vítimas e testemunhas dos estupros de Gaievski para que mudassem seus testemunhos. O partido também organizou uma manifestação em favor do pedófilo durante a audiência no último dia 20 de janeiro. Os manifestantes defendiam – em cartazes e palavras de ordem – a tese de que Gaievski seria um “preso político”.

A situação ganha contornos complicados, pois Gleisi é a primeira mulher a disputar o governo do Paraná, o que exige explicação para o fato de não apenas ter nomeado um pedófilo para tratar de políticas relativas a menores como, depois que os crimes se tornaram do conhecimento público, mas ter permitido que seu partido continuasse a defender o predador sexual que molestou dezenas de meninas pobres.

A suspeita, cada vez mais disseminada nos meios políticos do Paraná, sugere que Gleisi Hoffmann tem evitado uma posição firme e clara a respeito de do monstro da Casa Civil porque teme as ameaças que o pedófilo vem emitindo desde que foi para a prisão. Se for abandonado, Eduardo Gaievski ameaça contar tudo o que sabe sobre o PT, sobre o caixa dois do partido e principalmente sobre o que viu e viveu durante o período em que foi o braço direito de Gleisi na Casa Civil.