Fora de controle – Nada pode ser mais pífio do que o desgoverno de Roseana Sarney, que cada vez mais arruína o Maranhão, o mais miserável de todos os estados brasileiros. Na manhã desta quinta-feira (7), um novo motim tomou conta do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, após policiais impedirem a entrada de celulares durante revista a familiares dos presos, procedimento para liberação de visitas.
Tão logo a notícia chegou aos detentos, um motim se formou em questão de minutos, sendo que o tumulto deixou alguns presos feridos, de acordo com nota distribuída pela Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária (Sejap).
A Sejap informou também que o movimento chegou à Central de Custódias de Presos de Justiça (CCPJ), mas os policiais agiram rapidamente e sufocaram o que poderia se transformar em um rastilho de pólvora dentro do presídio.
Se por um lado é inaceitável a situação de descontrole que tomou conta do Palácio dos Leões, sede do Executivo maranhense, por outro é estranho o silêncio do governo federal em relação à grave situação do Maranhão. O estado vive um momento de tensão e incertezas, principalmente no âmbito da segurança pública, mas o Palácio do Planalto decidiu recuar diante da necessidade de Dilma Rousseff firmar alianças políticas com vistas à eleição presidencial de outubro próximo.
A incompetente Roseana Sarney é filiada ao PMDB, partido no qual seu pai, o caudilho José Sarney, tem enorme ingerência, o que garante um convívio pacífico, porém espúrio, com Dilma e seus estafetas. Ao trio – Dilma, Sarney e Roseana – pouco importa a situação degradante e tensa que emana dos presídios do estado e assusta diuturnamente os maranhenses.
Ultrapassa o inimaginável o fato de o governo federal se calar diante do caos que se instalou no Maranhão, apenas porque Dilma tem interesses políticos maiores. Em qualquer país minimamente sério e com autoridades responsáveis e cumpridoras da lei, Roseana Sarney já teria sido ejetada do cargo.
É importante lembrar que no momento em que o Estado, como um todo, chama para si o direito de julgar e condenar o cidadão que transgride a lei, de igual modo assume o dever de recuperar o condenado. Quando o Estado deixa de cumprir suas obrigações e o detento morre pela incompetência do governante, que tem o dever de cumprir o que determina a legislação vigente, a morte de um presidiário deve redundar automaticamente em indenização à família do mesmo.
As recentes mortes ocorridas no Complexo Penitenciário de Pedrinhas já deveriam estar recheando os respectivos processos contra o Estado do Maranhão, que nas mãos da “famiglia” Sarney foi transformado, ao longo de cinco décadas de despotismo explícito, em misto de capitania hereditária com terra sem lei.