Camisa de força – Mais novo fantoche a descer da estante do ex-presidente Luiz Inácio da Silva, o petista Alexandre Padilha é um incompetente conhecido que na condição de candidato ao governo de São Paulo já começa a atirar contra os atuais ocupantes do Palácio dos Bandeirantes, confirmando mais uma vez a maneira suja e rasteira do PT de fazer política.
Na primeira entrevista após deixar o Ministério da Saúde, Alexandre Padilha disse, ao jornal “Folha de S. Paulo”, que “o PCC é uma criação dos vinte anos do governo do PSDB”, declaração que serviu para atacar a política de segurança pública do governo de São Paulo. O candidato petista mostra, com tal declaração, que é um ignorante em relação aos temas afetos à mais importante unidade da federação, o que o desqualifica de pronto a pleitear o comando do estado.
Se Alexandre Padilha não sabe, o Primeiro Comando da Capital é herança do PMDB, partido que no Congresso Nacional e na esfera federal lidera a chamada base aliada, sempre na base do escambo. O PCC surgiu na esteira do massacre do Carandiru, como ficou conhecida a invasão e a matança de presos no então maior presídio paulista. A ordem para invadir o Carandiru partiu do então governador Luiz Antônio Fleury Filho, à época filiado ao PMDB.
Padilha também deveria saber que no PCC o seu partido, o PT, conta com a simpatia de muitos dos integrantes, muitos dos quais agem com verdadeiros cabos eleitorais de candidatos petistas. É o que mostra a gravação telefônica feita pela polícia, na qual dois integrantes da facção criminosa acertam que em determinado domingo as visitas de familiares aos presos estava suspensa, pois era preciso que todos fossem às urnas depositar votos em José Genoino, o mensaleiro condenado que continua usando uma cardiopatia para não cumprir pena de prisão.
O ex-ministro e fantoche de Lula deveria ter ao menos um momento de lucidez e honestidade, admitindo não apenas aos paulistas, mas a todos os brasileiros de bem, que a criminalidade no País cresceu de forma assustadora por conta da incompetência hedionda que reina no Palácio do Planalto desde janeiro de 2003. O governo do PT insiste em não patrulhar as fronteiras brasileiras para não comprometer a subsistência da Bolívia e das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), que vivem do tráfico de drogas.
Padilha sabe, mas finge desconhecimento, que a Bolívia, sob a batuta do companheiro Evo Morales, elevou a produção de pasta base de cocaína de 50 toneladas para 300 toneladas por ano. Nesse cenário desesperador, o Brasil aparece não apenas como maior consumidor da droga, mas como território de passagem para o envio do entorpecente para outros países ao redor do planeta. Isso é facilmente constatado nas unidades prisionais do estado de São Paulo, onde é cada vez maior o número das chamadas “mulas do tráfico”.
Na condição de ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha deveria saber que o Brasil gasta anualmente mais de R$ 20 bilhões com tratamentos de pessoas acometidas por doenças decorrentes do uso de drogas. Sem contar que o crack, derivado da cocaína, vem destruindo a juventude do País, enquanto o governo da “companheira” Dilma Vana Rousseff só trata do tema sob a ótica político-eleitoral ou para fustigar os adversários.
Antes de falar sobre a segurança pública no estado de São Paulo, que tem pontos a serem corrigidos, pois o contribuinte paulista tem seus direitos garantidos pela Constituição federal, Padilha deveria se inteirar do que acontece no mesmo setor no Distrito Federal e nos estados de Sergipe e da Bahia, todos governados por petistas ilustres (sic).
Alexandre Padilha perdeu a grande oportunidade de ficar calado, pois não será com ataques rasteiros e esculpidos por marqueteiros que qualquer candidato convencerá o eleitorado paulista.