Inadimplência do consumidor cresce em janeiro e expõe a fragilidade da economia brasileira

inadimplencia_16No prego – A inadimplência do consumidor registrou, em janeiro, alta de 1,1% na comparação com dezembro, de acordo com o Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor. Trata-se da quarta alta mensal consecutiva. Na comparação com janeiro de 2013 houve uma queda de 4%.

As dívidas não bancárias (com cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia elétrica) foram as principais responsáveis pela alta, com variação de 2,7% e contribuição de 1,1 ponto percentual. Os títulos protestados apresentaram crescimento de 23,8% e contribuição de 0,4 ponto percentual. A inadimplência com os bancos registraram variação negativa de 0,7% e contribuição negativa de 0,3 ponto percentual. Os cheques sem fundos tiveram contribuição nula no índice de janeiro.

O valor médio da inadimplência bancária caiu 6,1% em janeiro de 2014, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Os títulos protestados também apresentaram queda: 0,3%. Já os cheques sem fundos e as dívidas não bancárias registraram alta de 3,2% e 4,2%, respectivamente.

De acordo com os economistas da Serasa Experian, as recentes altas mensais da inadimplência do consumidor estão enfraquecendo as quedas nas comparações interanuais nos últimos quatro meses. “Isto sinaliza que a trajetória de declínio da inadimplência do consumidor, constituída a partir do último trimestre de 2012, pode estar se encaminhando para uma conjuntura de estabilidade. Aumentos sucessivos das taxas de juros, crescimento mais fraco da economia, inflação situando-se próximo ao teto da meta e diminuição do ritmo de geração de vagas no mercado formal de trabalho contribuem para desacelerar a curva descendente da inadimplência do consumidor”, informa a Serasa Experian.

Quando, em dezembro passado, ocupou os meios de comunicação para uma mensagem de final de ano, recheada de inverdades, a presidente Dilma Rousseff garantiu que 2014 seria um ano de prosperidades e melhora na vida da população, mas não é esse o cenário que desponta no horizonte, até porque os números da economia nacional mostram exatamente o contrário. A situação do País é grave, mas o malabarismo palaciano, embalado pelo dinheiro do contribuinte, faz com que a realidade do cotidiano seja maquiada de maneira acintosa, sem que os palacianos sequer esbocem algum sinal de preocupação cm a farsa.

A economia brasileira anda de lado há muito tempo, sem que nesse período o governo de Dilma Rousseff tenha adotado pelo menos uma medida certeira, começando pelo combate à inflação oficial, já que a real começa a se descolar da órbita de 20% ao ano.

Para dificultar ainda mais o que já difícil, a nova presidente do Federal Reserve (o BC norte-americano), Janet Yellen, anunciou na terça-feira (11), que continuará reduzindo os estímulos à economia do país, que começou com US$ 85 bilhões mensais, mas que com dois cortes está na casa de US$ 65 bilhões por mês. A economia dos Estados Unidos vem apresentando sinais de recuperação e a comandante do Fed destacou que manterá o ritmo de redução dos estímulos com cortes periódicos de US$ 10 bilhões.

Quando esses estímulos do governo dos EUA ultrapassarem para baixo a marca de US$ 40 bilhões o Brasil começará a sentir a água batendo no pescoço. Isso porque a moeda ianque valorizará no mercado internacional, aumentando os preços dos produtos em todo o planeta, inclusive no Brasil, onde os efeitos da medida podem ser devastadores. (Com Agência Brasil)