Pau mandado – Especialista em acusações contra adversários e cada vez mais dependente de dossiês, o governo do PT não apenas se vale do rolo compressor palaciano para fazer suas vontades no Congresso Nacional, como constantemente aciona sua catapulta de mitomania para esconder a dura realidade do País. Protagonista do período mais corrupto da história nacional, o PT conseguiu a proeza de arruinar a economia nacional em pouco mais de uma década, mas foge da responsabilidade ao pegar carona nas mirabolantes propagandas palacianas, as quais mostram um Brasil que chega a fazer inveja a Alice, aquela da fábula que retrata o país das maravilhas.
Como se o mais recente e milionário escândalo de corrupção envolvendo a Petrobras nada representasse, o partido liberou a tropa de choque para os costumeiros ataques na internet. Nesta segunda-feira (17), depois de parada estratégica e momentânea por causa do imbróglio de cobrança de propina em contratos de locação de plataformas petrolíferas, os terroristas cibernéticos retomaram os açoites, dando a entender que o PT é uma reunião de probos e a derradeira salvação do universo.
Não bastassem esses ataques sórdidos e rasteiros, o Palácio do Planalto colocou a base aliada para mentir no Congresso Nacional. Na tarde desta segunda-feira, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) subiu à tribuna para criticar os economistas que, segundo ela, vendem uma imagem distorcida da realidade brasileira. A economia brasileira está à beira do caos, mas a senadora comunista prefere enganar a opinião pública.
Disse Vanessa Grazziotin que o Brasil vem lutando com as próprias armas contra a crise econômica internacional, criada no “centro do capitalismo”. Visão obtusa que atende à ideologia tacanha da esquerda verde-loura, que prefere culpar terceiros pelos próprios erros. O País vive uma situação complexa, que mistura a falta de esperança da população com a desconfiança dos investidores internacionais, mas o governo continua vendendo como dourado algo que está enferrujado.
Outro obediente que saiu em defesa do governo e garantiu que o Brasil não sofre uma crise de energia elétrica foi o senador Wellington Dias (PT-PI). Disse o parlamentar piauiense que há no País um grupo de pessoas que tenta levar pânico à população. A esses tutelados por Dilma Rousseff pouco importam os apagões que têm espocado em várias regiões do País.
O equívoco maior do descalabro em que se transformou o governo do PT foi ter conduzido o País com o mesmo talento do dono de um boteco mequetrefe, que tem como solução para o seu negócio um punhado de alcoólatras que encostam o umbigo no balcão à espera da cachaça e do pires de tremoço.
O momento crítico e perigoso que vive a economia brasileira é facilmente traduzido por dois cenários distintos na área de energia. O primeiro envolve a Petrobras, que perdeu o seu valor de mercado e mergulhou em grave crise financeira porque foi obrigada a vender no mercado interno combustíveis a preços subsidiados, solução encontrada para não impulsionar a inflação. De quebra, um escândalo de corrupção que surgiu em cena na condição de cereja do bolo fétido preparado pelos petistas que se esparramam pela estatal.
O segundo cenário envolve a geração de energia elétrica. Em mais um momento de populismo barato, a presidente Dilma Rousseff anunciou, em 2013, a redução de até 20% da tarifa de energia, mas no contraponto o governo foi obrigado a subsidiar as empresas geradoras. Somente no ano passado, o Tesouro Nacional foi sangrado em R$ 10 bilhões. Para 2014, a previsão é que o Tesouro terá de dispor de aproximadamente R$ 18 bilhões. Ou seja, o desconto na conta de luz está sendo financiado pelo suado dinheiro do contribuinte.
Por outro lado, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB-MA), que sequer sabe como acender uma vela na escuridão, disse recentemente que o brasileiro terá de pagar um valor extra no caso de querer energia de sobra. Em qualquer país responsável uma declaração como essa já teria provocado a demissão do ministro, mas o desgoverno da petista Dilma é a materialização da galhofa.
Integrante do bloco de países emergentes conhecido como BRICS, o Brasil poderá assistir ainda este ano à corrosão do crescimento econômico por conta das altas temperaturas. Em outras palavras, a presença instante do astro-rei sobre as terras brasileiras poderá derreter a economia do País. Contudo, é uma descomunal irresponsabilidade por pare dos palacianos a afirmação reticente de que a economia está avançando, quando sabe-se que a crise cresce a cada dia e assusta a população como um todo.
Apesar de o cenário nacional mesclar caos administrativo e escândalos de corrupção, o ex-presidente Lula, que dá a última palavra nas questões do governo, discursou a empresários internacionais, em Nova York, garantindo que investir no Brasil é uma opção segura. Por outro lado, o mesmo Lula, o lobista de empreiteiras, gravou um vídeo em favor do aprendiz de tiranete Nicolás Maduro, que na vizinha e corroída Venezuela enfrenta uma crise política sem precedentes, correndo o risco de ser ejetado do cargo no rastro do fogo amigo.