Contagem regressiva – O ataque que a senadora Gleisi Hoffmann promoveu contra o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, para defender os “companheiros” condenados no processo do Mensalão do PT reverberou na Penitenciária Estadual de Francisco Beltrão, no interior paranaense, onde está preso o pedófilo Eduardo Gaievski, ex-assessor da petista na Casa Civil. Acusado de cometer 28 estupros contra menores (17 deles cometidos contra vulneráveis, menores de 14 anos), Gaievski está prestes a receber uma sentença, mas encontrou tempo para mandar novos e duros recados duros à antiga chefe.
Investigado pelo Ministério Público do Paraná durante três anos, Eduardo Gaievski, o monstro da Casa Civil, alega ser vítima de “armação política” e insiste que Gleisi, que o levou para Brasília na condição de assessor especial, precisa defendê-lo publicamente da mesma forma como vem fazendo com os mensaleiros.
O ex-prefeito de Realeza, que era responsável pelos programas federais voltados aos menores, alega que se a senadora pode ir a público defender Delúbio Soares, José Dirceu e José Genoíno – com sentenças transitadas em julgado na mais alta corte do País –, pode defender um ex-assessor que ainda não foi condenado.
Uma manifestação pública de Gleisi, acredita Gaievski, poderia reforçar a posição da defesa e fortalecer a tese de que as acusações de pedofilia decorrem de armação política. A sentença para as primeiras acusações de crimes de pedofilia contra Gaievski (depois da prisão surgiram novas denúncias, que serão julgadas em novos processos) deve sair nos próximos dias.
A perspectiva de ser condenado deixa o ex-assessor de Gleisi possesso. Gaievski tem sinalizado para o PT que não está para brincadeiras e que se não receber o socorro que espera avisa abrirá a “caixa de ferramentas”. Resta saber o que Gleisi Hoffmann, o pitbull de Dilma Rousseff, fará se Gaievski contar o que sabe.
