Economistas preveem recuo do PIB e alta da inflação no “País de Alice”, onde melancia é vendida a R$ 40

(Foto: Ucho Haddad)
(Foto: Ucho Haddad)
Caminho do abismo – Regularmente consultados pelo Banco Central, cem economistas das maiores instituições financeiras em atividade no País reduziram a projeção de crescimento da economia brasileira neste ano e aumentaram a de inflação, de acordo com o Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (10).

A previsão é que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça, neste ano, 1,68%, contra 1,7% da expectativa anterior. O crescimento previsto para 2014 é menos da metade do estimado no orçamento para o próximo ano (3,8%). Para 2015, a perspectiva de crescimento do PIB foi mantido em 2%.

Fantasma da economia

Na seara da inflação, a previsão dos economistas passou de 6% para 6,01%. De tal modo, o mercado financeiro voltou a apostar em alta da inflação nesta ano, tendo como parâmetro o índice de 2013 (5,91%). Para 2015, os analistas preveem inflação estável, pelo menos por enquanto, na casa de 5,70%.

Cabe ao Banco Central, na condição de autoridade monetária, adotar medidas que permitam a convergência da inflação para o centro da meta estabelecida pelo governo federal, que é de 4,5% ao ano.

Hora da morte

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) iniciou o mês de março em alta de 0,71%, ante 0,66%, puxado, principalmente, pela escalada dos preços dos alimentos. Nesta classe de despesa houve elevação de 1,17% ante 0,82% com destaque para as hortaliças e os legumes que subiram 10,26% ante 2,94%.

A pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV) mostra que, além dos alimentos, mais três grupos de um total de oito apresentaram acréscimos: transportes (de 0,76% para 0,93%), comunicação (de 0,28% para 0,31%) e vestuário (de 0,17% para 0,23%).

Enquanto os especialistas se preocupam com a inflação oficial, o que permite que Dilma Rousseff e seus asseclas enganem a opinião pública diariamente, a inflação oficial, aquela enfrentada pelos brasileiros até durante o sono, já começa deixar para trás a marca de 20% ao ano.

Essa realidade, que os palacianos se negam a admitir, pode ser facilmente conferida nos preços dos alimentos, cada vez mais caros. Isso faz com que o trabalhador deixe de honrar suas contas para garantir a sobrevivência, sem contar a persistente mudança de estilo de vida dos brasileiros.

Para que o leitor tenha ideia do caos que se instalou na economia brasileira, no vácuo da incompetência dos integrantes do desgoverno do PT, em São Paulo uma melancia chegou a ser vendida, em feira livre, por R$ 40. Considerando que o salário mínimo vale a fortuna (sic) de R$ 724, o reles trabalhador brasileiro pode consumir dezoito melancias em um mês.