Gleisi acredita ser a versão de saias do Professor Pardal e tenta explicar o significado de “sinal amarelo”

gleisi_hoffmann_41Parafuso solto – Ex-governador da Bahia, Octávio Mangabeira certa feita proferiu uma frase que tornar-se-ia lapidar. “Pense num absurdo, na Bahia há precedente”, disse o então governador da terra de todos os santos. O tempo passou, a política regrediu e surgiram em cena políticos pífios e despreparados, que diuturnamente envergonham o povo brasileiro com sua mediocridade. De tal modo, a frase de Mangabeira, se ajustada aos tempos atuais, assim seria: “Pense num absurdo, no Paraná há Gleisi Hoffmann”.

Ex-chefe da Casa Civil e escalada para ser um dos buldogues de Dilma Rousseff no Congresso Nacional, a petista Gleisi ocupou o plenário do Senado, nesta quinta-feira (20), para, em mais um rasgo de genialidade, tentar explicar o significado do termo “sinal amarelo”. Disse a senadora, que é candidata ao governo do Paraná, que os jornalistas interpretaram de forma equivocada a declaração de Márcio Zimmermann, secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, que aos deputados federais fez um relato do atual quadro energético do País.

Disse a senadora Gleisi Hoffmann que “sinal amarelo” é um jargão do setor elétrico que, traduzido para o idioma dessa barafunda chamada Brasil, significa que os níveis dos reservatórios hídricos estão baixos, mas sem o risco de desabastecimento de energia. Ou seja, Gleisi não sabe o que fala e ainda quer ensinar aos jornalistas brasileiros o exercício da profissão. Como os palacianos estão acostumados a lidar com jornalistas amestrados, os chamados “chapas brancas”, a senadora acredita que pode dar lições a partir da tribuna do Senado.

Para que essa senhora, adepta da censura, saiba, “sinal amarelo” é um termo utilizado em todo o planeta, nos mais diversos idiomas, e significa “atenção”. E é exatamente assim que se encontra o desgoverno de Dilma Rousseff: em estado de atenção.

Quem acompanhou a audiência que contou com a participação de Márcio Zimmermann, na quinta-feira (19), ouviu o executivo do Ministério de Minas e Energia afirmar: “Estamos num sinal amarelo [no setor elétrico]? Estamos. Mas estamos olhando passo a passo”. Zimmermann aproveitou a oportunidade para dizer que não há risco de racionamento, “a não ser que ocorra seca pior do que aquilo que planejei”, enfatizou o secretário.

Acontece que os níveis dos reservatórios das usinas hidrelétricas são os mais baixos desde 2001. O País vive, no momento, o fim da temporada de chuva, que por infortúnio foi marcada por inesperada estiagem. E o cenário deve se repetir em 2015, conforme previsão dos meteorologistas.

A contradição entre a fala de Gleisi e a afirmação de Zimmermann mostra que o governo continua não combinando os discursos de forma antecipada. O pior é o fato de um governo despreparado ser defendido no Senado por alguém com a incompetência conhecida de Gleisi Hoffmann.

Como a produção de energia nas hidrelétricas depende principalmente do humor da natureza, não há como Gleisi Hoffmann afirmar que não faltará energia e que as notícias publicadas na imprensa são alarmistas.

A fala de Gleisi é tão verdadeira quanto uma cédula de R$ 3. Por causa disso, alguém precisa avisar à senadora que o governo de Dilma Rousseff esta tomando medidas para que não ocorram apagões durante a Copa do Mundo. O que significa que a situação do setor não tão tranquila, como tenta mostrar o buldogue palaciano.

Conta de luz

Confirmando o que todos esperavam, Gleisi acabou se contradizendo em questão de minutos. Disse em seu discurso no plenário do Senado que lamentavelmente os contribuintes estão custeando o acionamento das termelétricas, que produzem energia mais cara, mas que em 2015 as contas de luz terão redução de valor.

Ao que parece, a senadora paranaense não acompanha os depoimentos de seus ex-colegas de governo. Há dias, o ainda ministro Guido Mantega (Fazenda), ladeado por Márcio Zimmermann, disse durante entrevista coletiva que as compensações financeiras às empresas geradoras de energia serão repassadas aos consumidores somente em 2015, pois afinal este ano é de eleições. E qualquer aumento da tarifa de energia faria com que a inflação disparasse.

Em suma, Gleisi mais uma vez provou que certo estava o então ministro Nelson Jobim (Defesa), que perdeu o cargo porque em entrevista a jornalistas deu destaque à incompetência da senadora petista.

Fã de explicações

Nos últimos dias, Gleisi Hoffmann tem se mostrado viciada em explicações para defender o desgoverno da companheira Dilma. Na quarta-feira tentou defender a absurda e bilionária aquisição da refinaria de Pasadena, que custou US$ 1,2 bilhão aos brasileiros, e nesta quinta resolveu dar aos jornalistas brasileiros uma aula de Língua Portuguesa, como se os profissionais da imprensa não soubessem o significado da expressão “sinal amarelo”.

Considerando a fase explicativa que vive atualmente, Gleisi poderia aproveitar para explicar aos brasileiros os motivos que a levaram a indicar um pedófilo como assessor especial na Casa Civil, sendo que o mesmo foi incumbido de cuidar dos programas do governo federal dedicados aos menores. Ou seja, Gleisi não apenas escolheu um pedófilo para assessorá-la, como colocou a raposa para tomar conta do galinheiro.

Gleisi é movida por um coquetel que mescla covardia e censura, por isso não dará explicação alguma sobre Eduardo Gaievski, que está preso na penitenciária de Francisco Beltrão, cidade do interior paranaense.