Mínimos detalhes – Líder da Minoria no Congresso Nacional, o deputado federal Ronaldo Caiado (DEM-GO) protocolou o pedido de instituição de uma comissão externa para investigar indícios de violação aos direitos fundamentais de médicos cubanos que participam do eleitoreiro e bisonho programa “Mais Médicos”. O documento foi entregue à Mesa Diretora da Casa na noite de segunda-feira (7).
A justificativa do deputado democrata é baseada nas denúncias veiculadas em reportagem do jornal “O Globo”, que revela que os cubanos que participam do programa federal são confinados em um hotel de São Paulo e só saem acompanhados de um representante da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
“Precisamos de uma vez por toda desmascarar esse regime de campo de concentração dos anos 2000 que submete os cubanos a uma situação de confinamento e escravidão. Este funcionário da OPAS que se diz responsável pela logística dos médicos é um verdadeiro policial da Gestapo”, acusou o deputado.
A intenção de Caiado é que a comissão externa tenha, além de deputados, representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e de entidades ligadas aos direitos humanos, já que em sua visão a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República é convivente com essas práticas que sujeitam médicos a condições análogas a escravidão.
“Queremos saber o porquê da presença desses coordenadores da polícia cubana no hotel Excelsior, e em outros locais do país. Vamos até o hotel para conferir. Precisamos quebrar essa situação que o governo brasileiro insiste em manter. Se fosse uma situação semelhante em uma empresa privada, os funcionários seriam imediatamente libertados e o proprietário preso e condenado. Mas o governo pode descumprir a legislação”, comparou.